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Em Pauta

Nem tragado e nem asteca, o tabaco era uma bebida maia

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 04/10/2024 06:50
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Até agora, a história do tabaco era colocada como originária de alguma região ente o atual Estados Unidos e a dominada pelos astecas. Também era considerado o principal produto de exportação dessas latitudes, aliás era glorificado como o único produto que foi vendido para todos os países do mundo - o primeiro a ser globalizado. O tabaco acaba de perder as duas posições. Foi substituído pelo cacau como produto mais exportado. Há pouco, descobriram que, muitos séculos antes dos astecas e norte-americanos, os maias bebiam tabaco. Isso mesmo, o tabaco começou sua longa e bilionária carreira como uma bebida.


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Sacrifícios, banhos e partos.

Na costa guatemalteca do Pacífico acabam de encontrar provas de que os maias tomavam infusões de tabaco em rituais relacionados com o sacrifício, o banho e partos. Os arqueólogos que escavaram em “Cotzumalhauapa“, tentavam encontrar restos de cacau em grandes vasilhas recuperadas, datadas de 650 d.C. Quando os resultados do laboratório chegaram, foi surpreendente, havia nicotina nas vasilhas cilíndricas desenhadas para beber, algo bem semelhante aos atuais copos.


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Alimento de deuses.

Um dos usos do tabaco liquido era no chamado “alimento de deuses”. Era uma infusão em que misturavam pedaços de animais venenosos - serpentes e escorpiões - tabaco e sementes psicoativas. Ficavam “mucho doidos”. Era assim que se “comunicavam com os deuses”. O consumo de tabaco liquido é extremamente tóxico e pode ser letal. Seguramente foi empregado para induzir visões ou alucinações adivinhatórias.


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Mucho loucos antes das batalhas.

Havia um trio de plantas alucinógenas muito utilizadas pelos maias. Tabaco, nenúfares e fungos de pedra, não só eram usados em cerimonias religiosas para ultrapassar a fronteira entre vivos e mortos, como principalmente antes das batalhas. A guerra maia, como aliás, quase a totalidade das guerras da historia, era travada por soldados alucinados. Só bem doidão para ter coragem de matar e ser morto, feliz e contente, como um herói.

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