O primeiro ato contra a compra de voto apareceu em 1.795
Entendem os estudiosos da democracia que a compra e venda de votos surgiu em Atenas, expandindo-se, paulatinamente por Roma Antiga e, depois, pela Idade Média europeia. Não era difícil se eleger comprando votos. Dos mais pobres, o voto transformado em mercadoria, era adquirido por fração pequena de um salário, para, logo a seguir, ser revendido para o dono do poder, pelos “parlamentares" eleitos, por elevadas quantias. Não é segredo algum que muitos - “muitos“ na acepção mais elevada que imaginarem - de nossos eleitos só o foram por disporem de boas quantias de dinheiro, e por terem organização para a compra de votos. E ninguém faz nada para combater essa prática? A resposta é decepcionante: muito se faz, pouco se consegue.
O ato francês de 1.795.
Os estudiosos do mecanismo eleitoral puseram sempre em evidência aquela que é a mais infame de suas características: a compra e venda de votos. Alguém disse que os deputados compravam os eleitores e o poder comprava os deputados. O efetivo combate a tal prática começou em 1.795, na França. Uma nova lei dizia que quem comprasse ou vendesse votos ficaria excluído das assembleias e de todos os cargos públicos durante 20 anos. Em caso de recaída, ficava excluído para sempre.
Aqueles que defendiam a compra de votos.
Causa perplexidade ler que existiam aqueles que defendiam a compra-venda de votos. Afirmavam que essa pratica era consoante com a vitória planetária do livre mercado, então recente. Interessante ver que, pelo menos no passado, os políticos eram menos hipócritas. Defendiam teses de difícil paladar abertamente.
Vender o próprio corpo.
Aqueles que não aceitavam a compra-venda de votos evocavam a venda do próprio corpo. Se podia vender voto, então, que legalizassem a prostituição. E iam além. Se podem vender voto, podem prostituir, também, seria permitida a venda de órgãos ou partes do corpo humano. Ideia não muito distante. Recentemente, um “nobre” senador deste Estado, propunha a venda de sangue humano (plasma). Não faltará quem queira comprar-vender rins, fígado e coração. Em nome de alguma grana para o bolso, marchemos rumo ao caos.