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Economia

Em 2023, tanque de gasolina consumiu 5,9% da renda mensal das famílias em MS

Estado até que ficou bem, porque a média nacional de gasto foi de 6,6% da renda mensal do brasileiro

Por Mylena Fraiha | 02/01/2024 17:29
Frentista abastece veículo em posto de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News/Henrique Kawaminami)
Frentista abastece veículo em posto de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News/Henrique Kawaminami)

No terceiro trimestre de 2023, o custo de encher o tanque de gasolina consumiu, em média, 5,9% da renda das famílias de Mato Grosso do Sul, conforme aponta o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Contínua.

Esse levantamento indica que Mato Grosso do Sul ocupa o sexto lugar entre os estados brasileiros nos quais a população gasta menos com combustíveis em relação à sua renda domiciliar mensal. O estado com o maior gasto foi o Maranhão, onde a população destina 12,1% da renda domiciliar mensal para abastecer seus veículos. Já a média brasileira foi de 6,6% da renda mensal.

A pesquisa também apresenta a média de consumo em relação à renda domiciliar mensal nas capitais brasileiras. Em Campo Grande, por exemplo, o custo do tanque de gasolina representou 4,6% da renda domiciliar no terceiro trimestre de 2023. Na média das capitais brasileiras, o custo de abastecer um tanque de gasolina correspondeu a 4,3% da renda domiciliar mensal.

Entre as capitais, Rio Branco (AC) lidera o ranking com o maior percentual, com 9,2%, seguida por Porto Velho (RO) com 9% e São Luiz (MA) com 8,7%. Por outro lado, Florianópolis (3,3%), Vitória (3,4%) e Brasília (3,5%) são as capitais onde o custo de um tanque de gasolina comum representa menor média da renda dos brasileiros.

Na avaliação dos percentuais médios em grandes centros urbanos, especialmente nas capitais, a pesquisa aponta que é preciso considerar que o consumo e a frequência de abastecimentos tendem a ser maiores nessas localidades.

Dentre os fatores estão a dependência e a intensidade no uso de veículos para deslocamento, as distâncias percorridas, a incidência de congestionamentos, o tipo e modelo do veículo e as condições do terreno.

Por regiões - O estudo revela as diferenças regionais significativas no impacto dos combustíveis no orçamento dos brasileiros. Na região Nordeste, por exemplo, o percentual atinge 11%, com destaque para Maranhão (12,1%), Alagoas (11,9%) e Bahia (11,4%). Esses estados lideram o ranking dos que têm maior percentual da renda domiciliar necessário para cobrir o custo de um tanque de gasolina.

Em contraste, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram os menores percentuais. No Centro-Oeste, o custo do tanque de gasolina correspondeu a 5,4% da renda domiciliar no terceiro trimestre de 2023, sendo o Distrito Federal destacado com um percentual de 3,5%. Estados do Sudeste e Sul também registraram percentuais menores, com destaque para São Paulo (4,9%), Santa Catarina (5,4%) e Rio de Janeiro (5,5%).

Combustíveis - Em relação aos preços médios nacionais por litro abastecido, o Monitor de Preços de Combustíveis, em novembro de 2023, apresentou os seguintes valores: gasolina comum (R$ 5,758), gasolina aditivada (R$ 5,865), etanol hidratado (R$ 3,651), GNV (R$ 4,598), diesel comum (R$ 6,203) e diesel S-10 (R$ 6,285).

O levantamento indica que, em novembro de 2023, o preço médio do etanol correspondeu a 68,6% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina. Em Campo Grande, o preço médio do etanol correspondeu a 64,9% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina.

Já nas capitais, o indicador permaneceu estável em 67,7%, mantendo-se próximo à mínima histórica registrada em setembro de 2018, quando atingiu 67,2%.

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