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Economia

Na hora da matrícula escolar, pais se deparam com aumento de até 25%

Sindicato explica que escolas são "livres" para aplicarem os reajustes

Izabela Cavalcanti | 30/01/2023 10:42
Alunos dentro de sala de aula, em escola particular de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Alunos dentro de sala de aula, em escola particular de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Na hora da matrícula escolar, os pais se assustaram com o novo valor da mensalidade, sendo notado aumento de até 25% em algumas unidades. Na maioria das escolas, as aulas começaram nesta segunda-feira (30).

A dona de casa Maria dos Santos, de 48 anos, tem a filha matriculada em uma escola particular de Campo Grande. De acordo com ela, de um ano para outro o aumento foi de R$ 150. “Antes eu pagava 500 e teve aumento de 150 reais. É um dinheiro que faz falta para comprar um material, um lanche. Mas, fazer o que?”, destaca.

Segundo o Sinepe-MS (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), são 570 escolas particulares pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o presidente Audie Andrade Salgueiro, é necessário que as escolas justifiquem o motivo do aumento.

“Cada escola precisa fazer uma planilha de custo para justificar o aumento. As escolas são autônomas em fazerem os reajustes das suas mensalidades. A nossa rede é bastante diversificada, tem escola que é de periferia, que é pequenininha, tem condição de dar uma mensalidade mais em conta. Em contrapartida, tem escolas que são grandes que tem mais benefícios. Então, não tem como a gente prever que o aumento vai ser igual para todo mundo por conta disso”, explica.

Audie também relata que o sindicato apenas orienta sobre o cenário econômico em relação à mensalidade. “O sindicato é uma instituição que apenas orienta com o abuso das mensalidades, situação financeira dos pais, a insegurança política, insegurança jurídica para eles terem cautela. Todo final de ano a gente tem assembleia para discutir o assunto”, pontua.

Escolas - Conforme pesquisa do Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa ao Consumidor), o Colégio Bionatus, no Centro, praticava o valor de R$ 2.350 para o 1° ano do Ensino Médio, conforme apurado pela reportagem, passou para R$ 2.950. Aumento de 25,53%. Para o 1° ano do Ensino Fundamental, saiu de R$ R$ 1.900 para R$ 1.950 (2,63%). No Colégio Dom Bosco, também no Centro, o valor foi de R$ 1.168,85 para R$ 1.297,42 (11%).

O proprietário da escola Status, que tem três unidades em Campo Grande, Lúcio Rodrigues, explica que é impossível não repassar para a mensalidade os custos mensais da escola. “Todo ano tem reajuste, a gente tem uma planilha do que aumentou. Nesta conta entra aluguel, salário de professores, energia, produtos de limpeza, dependendo da escola, alimentação. Tudo sobe. Se a escola não repassar a escola fecha”, enfatiza.

Na Escola Turma da Mônica, no Bairro União, a proprietária e diretora Cleodoci Andrade de Araújo informou que o reajuste para este ano foi de 12,90%. No entanto, ela optou por manter o mesmo desconto do ano passado. Pagando até o dia 10 de cada mês, a mensalidade cai para R$ 590.

“O reajuste a gente tem que fazer todos os anos, não podemos deixar de fazer porque em março tem o reajuste salarial dos professores. A contadora faz uma planilha e me diz o quanto precisa aumentar a mensalidade. Fica disponível na secretaria e os pais podem pedir para ver”, explica.

No local, tem do maternal ao 5° ano do Ensino Fundamental, todos pelo mesmo preço para meio período.

Na Escola Amarelinha, no Bairro Mata do Jacinto, o aumento para o 1° ano do Ensino Fundamental foi de R$ 259 ou 34,51%, saindo de R$ 739 para R$ 994, levando em conta a pesquisa do Procon. No entanto, a escola informa que se a matrícula for fechada até o dia 31 de janeiro, o valor cai para R$ 698.

Na Escola Nazaré, na Vila Florio, para o 1° ano do Ensino Fundamental, a mensalidade saiu de R$ 512 para R$ 563, reajuste de 9,95%.

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