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A votação da reforma e seus desdobramentos

Marta Ferreira | 29/11/2017 06:00

Mudei - Em relação à primeira votação da reforma da previdência, dois deputados mudaram o voto, de favorável para contrário: Paulo Siufi (PMDB) e Coronel David (PSC). Ambos haviam votado a favor do projeto na primeira sessão que apreciou o projeto e ontem decidiram mudar de lado.

E a Secretaria?– Ao ir contra o projeto do Executivo, considerando essencial para equilibrar as finanças, David coloca em risco a nomeação para a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, antes dada como certa. Ele já vinha participando de reuniões com o governador Reinaldo Azambuja de preparação para assumir o cargo, pelo qual teria aberto mão da disputa por uma vaga na Assembleia.

Sucinto- Indagado pela coluna a respeito, David foi de poucas palavras. “Sou servidor público”, disse apenas. O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, também foi procurado e não quis comentar o assunto.

Temor - Na entrada para a tumultuada sessão de ontem, teve deputado que hesitou quando viu a situação do auditório, tomado de policiais e manifestantes. Um dos incentivadores para que o grupo entrasse de uma vez foi o deputado Eduardo Rocha (PMDB).

Sem frescura – O petista João Grandão também deu uma chamada em colegas, que queriam fazer a votação com todo mundo sentado, como é o normal. “Vai em pé mesmo”, exclamou.

Poucas falas – Foi um dia de poucas falas. Os únicos a discursar foram os contrários ao projeto, entre eles Lidio Lopes (PEN), Pedro Kemp, João Grandão e Amarildo Cruz, todos do PT. O restante preferiu dar o voto da sua cadeira, dizendo no máximo sim ou não.

“Surpresa” – Único deputado do PDT na casa, George Takimoto votou com o governo. A posição surpreendeu os que esperavam postura alinhada à oposição, considerando que o partido quer lançar candidato ao governo do Estado em 2018.

À francesa – Outros preferiram a ausência a um posicionamento. Grazielle Machado (PR) não votou e reclamou de não ter sido avisado do horário. Maurício Picarelli (PSDB) até foi na Assembleia, mas deixou o lugar antes da hora decisiva. O outro ausente foi Felipe Orro (PSDB), até pouco tempo filiado do PDT.

Pós-votação - A bancada do PT garante que já tem o apoio de outros colegas para criar uma CPI do rombo da previdência. Os parlamentares adiantaram que vão estudar qual será o objeto determinado para investigação, para não sofrer depois questionamentos jurídicos.

Poucas falas - Na rápida sessão de ontem, os únicos a discursar foram os contrários ao projeto, entre eles Lidio Lopes (PEN), Pedro Kemp, João Grandão e Amarildo Cruz, todos do PT. O restante preferiu dar o voto da sua cadeira, dizendo no máximo sim ou não.

(Com Humberto Marques e Leonardo Rocha)

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