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Câmara tentará evitar cobrança retroativa da taxa de luz

Waldemar Gonçalves | 05/06/2017 06:00

Reunião – Correndo atrás de tentar isentar a culpa da Câmara Municipal de Campo Grande, pela lei que vetou por seis meses a taxa de iluminação pública, vereadores se reúnem na próxima quarta-feira (7) para “discutir a questão e reforçar posicionamento contrário à cobrança retroativa”.

Todo mundo – “Vamos conversar, inclusive com os vereadores da época que não foram reeleitos. Nosso posicionamento é sério, votamos em defesa dos interesses da população que estava pagando por um serviço que não estava sendo executado e o Executivo tinha dinheiro em caixa”, diz o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).

Recurso – O prefeito, Marquinhos Trad (PSD), diz que não teria como fazer algo com relação à cobrança, já que a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi apresentada pelo próprio Executivo.

Absurdo – “O Tribunal Regional Eleitoral achou tão absurda a lei que, de maneira inédita, nunca tinha visto isso, aplicou multa aos vereadores de R$ 20 mil”, disparou o prefeito, sobre a promulgação da lei complementar que suspendeu a cobrança da taxa no ano passado.

Em 2017 – Apesar de ainda não ser definitiva, a cobrança retroativa deve ocorrer nos próximos seis meses. Isso porque precisa ser dentro deste ano fiscal, não podendo ficar para o ano que vem. Caso o parcelamento seja maior e entre em 2018, teria de haver aplicação de juros e multas, o que prejudicaria ainda mais os consumidores.

Contas – Durante a abertura do Festival Esportivo, no sábado (3), Marquinhos disse que ainda está negociando e pedindo desconto para a dívidas que ficaram da gestão anterior, de Alcides Bernal (PP).

Devendo aluguel – Sem entrar em detalhes sobre valores, o administrador de Campo Grande se limitou a dizer que ainda conversa com fornecedores. Uma das dívidas, de R$ 240 mil, é pelo aluguel do prédio onde fica uma escola municipal.

Longe do microfone – No mesmo festival, Marquinhos foi anunciado para falar no microfone, mas recusou e disse que não ia se pronunciar no evento. Ele andou por todo local, conversou com mães, crianças e professores, mas não fez pronunciamento oficial.

Esperado – Isto porque, antes, a dúvida era quanto a presença do prefeito. Ele se atrasou, mas chegou para a abertura do Festival Esportivo, ao contrário de sexta-feira, quando faltou ao lançamento do programa Rota do Sabor. O evento estava na agenda pública de Marquinhos.

Como assim, sem dinheiro? – Entrevista da prefeita Délia Razuk (PR) em uma emissora de rádio sábado, em Dourados, gerou bate-boca em redes sociais. Servidores reclamaram da alegação de que a prefeitura não tem dinheiro ao mesmo tempo em que a atual administração contratou 640 comissionados. Sobrou até para um dos apresentadores do programa, que questionou protesto dos enfermeiros, há três anos sem reposição.

(com Richelieu de Carlo e Yarima Mecchi)

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