Entre ex-sem-terra, selfie mostra Bolsonaro popular
Pop - Para quem achou que estar no ambiente onde moram pessoas que um dia foram sem-terra - inclusive acampados em terras invadidas - poderia trazer algum desconforto ao presidente Jair Bolsonaro, a agenda de ontem em Terenos mostrou que sua popularidade segue com musculatura. Que o digam as pessoas que se esforçaram, e conseguiram, que o presidente da República parasse para fazer selfie com elas.
"Eu faço" - Repetindo o comportamento de artistas com seus fãs, Bolsonaro, em algumas situações, fez ele mesmo a foto. Uma delas, a que a coluna teve acesso, mostra turma de mulheres atrás do chefe da Nação, em primeiro plano na fotografia.
Vereadores – Mesmo aprovando por expressiva maioria, a entrega de título de cidadão ilustre para o presidente, em sessão realizada na quinta-feira (10), só um representante Câmara de Vereadores de Campo Grande foi a Terenos para a entrega da medalha ao presidente Jair Bolsonaro. A missão foi de Alírio Villasanti, coronel da Polícia Militar do PSL, partido que elegeu o presidente.
Deputados - Entre os parlamentares estaduais, estavam presentes aqueles defensores de carteirinha do presidente. Renan Contar (PLS) e Carlos Alberto David (sem partido) estavam entre as autoridades do Legislativo presentes. O presidente da Assembleia, Paulo Correa (PSDB), recebeu a comitiva presidencial no Aeroporto de Campo Grande, mas não foi ao local do evento.
Junto - Entre os deputados federais, Luiz Ovando (PSL) ganhou lugar especial. Ficou perto do presidente no palanque. Durante o discurso foi citado por ele na fala sobre a pandemia de covid-19.
Congressistas- Dos três senadores, Simone Tebet (MDB) foi a ausência. Soraya Thronicke (PSL) e Nelsinho Trad (PSD), acompanharam a agenda presidencial com lugar no palco das autoridades.
Tretas on - Não faltou debate em grupo de WhatsApp reunindo assentados da região de Terenos, onde o presidente passou cerca de três horas e meia. A maioria das mensagens era favorável ao mandatário, mas havia também críticas, que provocaram textos em tom acalorados.
Guerrinha - Além das palavras pesadas, o diálogo sobre o elogio ou crítica a Bolsonaro teve muitas trocas de figurinhas, umas de cunho agressivo. Em dado momento, o administrador do grupo decidiu dar um corretivo, impedindo outros participantes de escre ver algo.
Religião - Em sua fala, no evento, o presidente atribuiu sua eleição a uma missão divina. Na briga virtual entre contrários e favoráveis, esse aspecto ganhou destaque, com ofensas sobre acreditar ou não nos desígnios divinos para o País.
Demandas - O secretário de Infraestrutura do governo do Estado, Eduardo Riedel, vai ouvir as demandas das instituições representativas de Mato Grosso do Sul nos segmentos econômicos mais afetados pelas restrições da pandemia de coronavírus. O encontro com os empresários será na sede da Fiems (Federação das Indústrias de MS), na próxima segunda-feira (17), às 19 horas, na Casa da Indústria.