Marquinhos pretende montar equipe 'altamente técnica'
Altamente técnica – O prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD) pretende nomear equipe “altamente técnica” e sem pretensão de ocupar cargos na prefeitura para “extrair a realidade nua e crua” da situação financeira e administrativa de Campo Grande. Ainda, entre os mais próximos do prefeito, não se fala em nomes para compor o futuro governo.
Promessa – Marquinhos afirmou que quer apresentar, em meados de fevereiro, projeto de lei referente ao piso salarial dos professores. Hoje, o Município paga 82% do piso nacional para jornada de 20 horas. A ideia é chegar a 100%, a partir de 2017. “Dependerá também da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Se der, vamos fazer”.
Orçamento – Relator do orçamento, o vereador Eduardo Romero (Rede) quer uma reunião com o novo prefeito para discutir a peça orçamentária de 2017. Tramitando na Câmara, o texto ainda não foi votado, porque os vereadores aguardavam justamente o fim da eleição.
Delicado – Considerado delicado e crítico pelo “crescimento pífio”, o orçamento deve ser discutido já nesta semana, segundo Romero. A urgência também é para que os parlamentares tenham tempo hábil para anexar emendas e votar, o que deve acontecer até meados de dezembro. “Agora é hora de adequar o orçamento”, conclui o vereador.
Maturidade – Dois encontros marcaram o início das atividades de Marquinhos enquanto prefeito eleito, ontem. O primeiro com o atual chefe do município, Alcides Bernal (PP), de quem teve apoio no 2° turno, depois com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele ressaltou que sua intenção é fazer um trabalho coletivo e dar "paz" à cidade, “com maturidade política”.
Trabalho coletivo – Reinaldo Azambuja (PSDB) ressaltou que espera ter um trabalho coletivo com o novo prefeito Campo Grande, e desta forma "distencionar" a relação entre os executivos municipal e estadual, que segundo ele, só atrapalha os projetos em comum, em diferentes áreas, que são importantes para a cidade.
Ainda é cedo – O governador diz acreditar que ainda é prematura qualquer análise política sobre 2018, em função das eleições municipais deste ano, ao dizer que na sua concepção, não existe muita relação entre os pleitos. "O que vai contar e credenciar uma disputa daqui dois anos será o trabalho realizado e o que foi entregue à população".
Só na Capital – Bem-sucedido no maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, o PSD não conseguiu eleger candidatos nos outros cinco municípios em que disputou a prefeitura no Estado este ano. Em relação ao interior o resultado já era esperado, segundo Antônio Lacerda, presidente estadual.
Menos tradição – Segundo Lacerda, as chances do PSD no interior, onde disputou em Juti, Três Lagoas, Cassilândia, Iguatemi e Naviraí, eram remotas. Isto porque a legenda encarou adversários de maior tradição política.
De olho em 2018 – A expectativa do PSD sul-mato-grossense é, agora, se fortalecer a partir das eleições de 2018. O objetivo é ter a mesma relevância no Estado que o partido tem nacionalmente. Em 2016, se saiu como terceira força política nas eleições municipais, ao conseguir o comando de 541 municípios.
(com Leonardo Rocha, Mayara Bueno e Richelieu de Carlo)