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Jogo Aberto

Time de Marquinhos garante 'paz' na transição

Waldemar Gonçalves | 05/12/2016 06:00

Sem atritos – A equipe do prefeito eleito Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), tem seguido à risca a orientação do chefe: evitar atritos com Alcides Bernal (PP). Sendo assim, o trabalho de transição segue tranquilamente em paz, pelo menos do ponto de vista oficial.

Radiografia completa – O clima amistoso seria uma forma de evitar que a atual gestão sonegue informações ao sucessor. Uma radiografia incompleta da situação da Prefeitura poderia limitar a implantação de um novo programa de governo.

Deficit mensal – A equipe de Marquinhos já identificou alguns problemas que terá de enfrentar. Um deles é o deficit mensal nas contas da Prefeitura, que chega a R$ 25 milhões.

Saco com fundo – Considerando o último balanço divulgado pelo município, o Executivo da Capital tem optado por manter reservas de caixa, que suprem o deficit, abrindo mão de investimentos. Sabendo que o saco tem fundo, o desafio da nova gestão será reverter este quadro.

Panorama – Bernal promete passar um panorama completo de sua gestão nesta semana. Tinha marcado apresentação para hoje, mas reagendou para quarta-feira (7) com a promessa de ampliar o volume de informações a ser exposto.

Previdência e obras – A promessa é apresentar, além de balanço financeiro, dados sobre a Previdência e obras. No primeiro caso, recai sobre o IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) denúncias de ‘sumiço’ de verba, enquanto em relação às obras, basta puxar pela memória o que vem primeiro: algum grande projeto executado pela prefeitura ou a buraqueira das ruas?

Sem excessos – Quem viu a festa de fim de ano da Associação Sul-mato-grossense de Membros do Ministério Público, na sexta-feira (2) à noite, poderia achar que era engano. É que tanto luxo e requinte não combinam, necessariamente, com instituição que se diz alinhada ao discurso de combate aos excessos do Poder Público. O baile, certamente, não ficou barato.

Nos trilhos – O Governo de Mato Grosso do Sul tem nesta semana nova rodada de conversas com a Rumo, que se fundiu à ALL Logística em 2015 e mantém operações ferroviárias aos frangalhos em Mato Grosso do Sul. A gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) cobra melhorias no setor.

Investimentos – As ferrovias administradas pela Rumo em Mato Grosso do Sul estão praticamente desativadas há cerca de um ano. Agora, o Governo tem uma carta na manga, já que no fim de novembro a União publicou Medida Provisória prevendo a prorrogação das concessões antecipadamente, desde que sejam feitos investimentos adicionais, não previstos no contrato vigente.

Até 2026 – Projeções apontam que os investimentos decorrentes destas negociações de renovação, em nível nacional, podem chegar a R$ 15 bilhões. A concessão da malha ferroviária administrada em Mato Grosso do Sul pela Rumo, iniciada em 1996, vai até 2026.

(com Mayara Bueno, Priscilla Peres e Richelieu de Carlo)

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