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Artes

Despedida de Manoel de Barros será rápida, sepultamento ocorre às 17h

Ângela Kempfer e Paula Maciulevícius | 13/11/2014 15:07
Velório começou às 14 horas, no Parque das Primaveras.
Velório começou às 14 horas, no Parque das Primaveras.

Será rápida a despedida do poeta Manoel de Barros em Campo Grande. O velório começou às 14h no Parque das Primaveras e o sepultamento está previsto para às 17h. A princípio, o neto Felipe de Barros havia dito que o enterro seria apenas amanhã, para que parentes de Florianópolis e do Rio de Janeiro chegassem a tempo de se despedir.

Ele chegou há pouco ao cemitério, acompanhando a avó Stella, casada por 64 anos com Manoel. Visivelmente abalada, ela não falou com a imprensa e seguiu para ficar ao lado do marido. Ao encontrar o marido, deu um beijo e colocou sobre o caixão uma flor de jasmim. Depois de 30 minutos, voltou para casa.

Foi a esposa que pediu para que o sepultamento ocorresse ainda hoje. Não há muita gente no local, apenas a família e amigos. Mas muitas coroas de flores fazem homenagens ao poeta.

Muito emocionada, a filha Martha falou com os jornalistas brevemente. “Ele descansou. Com 97 anos, ele precisava. Meu pai deixa uma obra linda, que modificou a vida de muitas pessoas. Por isso termino com uma poesia dele: Do lugar onde estou, já fui embora.”

Maysa de Barros, viúva de João Wenceslau, um dos filhos de Manoel, também lembrou do sogro. “Apesar de não ser tão exposto à imprensa, quem chegava em casa era bem recebido. Me casei muito nova e meus presentes foram ele e a dona Stella”, comentou.

João morreu em 2007, em acidente aéreo, quando tentava aterrissar em uma das fazendas da família. Quando o avião já estava na pista, uma vaca surgiu e o foi impossível impedir o choque.

Maysa confirma que a morte do filho foi o começo de uma tristeza que acompanhou Manoel até a morte. “O acidente em 2007 foi um baque muito grande.Além de ser um filho, ele era quemn cuidava de tudo para que o poeta tivesse tranquilidade para escrever”, contou.

No ano passado, outra perda irreparável. O filho Pedro também faleceu, vítima de derrame. Por meses, ficou em casa sob cuidados do pai e de dona Stella. Quando Pedro partiu, Manoel se entregou às doenças da idade avançada.

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