Poesia de Manoel de Barros agora está em aplicativo para celulares
O espetáculo Crianceiras, do cantor e compositor Márcio de Camillo, ganhou forma diferente. Agora, a sensibilidade de de Manoel de Barros e as Iluminuras de Martha Barros, estão disponíveis na tela do celular. A ferramenta deu lugar aos clipes e ilustrações com oportunidade de experimentar a poesia sob um novo olhar.
Para Márcio, é um avanço utilizar a tecnologia a favor da cultura e da educação. "A criança agora tem acesso ao celular e a gente tem que tentar acompanhar. O Crianceiras tem um braço educativo muito grande e estamos completando cinco anos de espetáculo. Por isso, o aplicativo é um presente para todas as pessoas que acompanham, acho que é mais uma plataforma para estar aproximando da poesia. É essa linguagem que cada vez mais as crianças estão acostumadas", explica.
O aplicativo é gratuito, lúdico e fácil de mexer. Tem quatro funções que envolvem clipes com dez canções animadas e originais que dançam ao som da música.
Outra parte do app é a área da poesia, com quatro textos que na verdade são brinquedos. As palavras interativas, ao serem tocadas, se misturam com sons, objetos e interpretações.
As crianças ainda podem desenhar, escolhendo cores, texturas e personagens das iluminuras. Depois é só salvar o desenho e usar as imagens.
Na ferramenta de fotos é possivel personalizar com temas e adesivos do aplicativo, basta usar a imaginação.
O cantor explica que a ideia surgiu há 3 anos e vem para levar as palavras do poeta para longe. “Como Manoel diz, ‘poesia é voar fora da asa’. Através da música, o Crianceiras deu asas à poesia. E o que eu queria era fazer brinquedos com as palavras e eu confesso que a cada dia a gente esta mais realizado e isso é muito gratificante", conta.
Manoel de Barros completaria 100 anos em 19 dezembro de 2016 e é considerado um dos maiores da língua portuguesa. Dentre tantos reconhecimentos, o Prêmio Camões de Literatura. Manoel nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, em 19 de dezembro de 1916. Depois, mudou-se para Corumbá e terminou seus dias em Campo Grande, onde faleceu em 13 de novembro de 2014. A primeira obra publicada foi em 1937, intitulada “Poemas Concebidos sem Pecado”.