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Comportamento

Família montou time de futebol para lembrar de Macedo no Natal

Partida especial na véspera é maneira que família encontrou de viver após a morte do avô querido

Thailla Torres | 25/12/2022 07:49
Time da família venceu de 8 a 4 neste Natal. (Foto: Kísie Ainoã)
Time da família venceu de 8 a 4 neste Natal. (Foto: Kísie Ainoã)

A tranquilidade nunca bastou para Macedo. Enxergou desde pequeno, na vida, a chance de fazer todo mundo a sua volta feliz. Apaixonado por esportes e discos de vinil, ele nunca deixou alguém parado. Festa e palhaçada eram com ele mesmo, e assim viveu 9 décadas fazendo todo mundo sorrir. Detalhes que fizeram a família ver sentido na vida mesmo após a morte de uma das pessoas mais queridas.

Amarildo Santos Macedo descansou em junho de 2014. Era um coronel do Exército que desbanca o estereótipo de militar bravo. Nas palavras de uma das filhas, era uma “manteiga derretida”.

Por isso, um ano depois de sua morte, a família decidiu criar um time de futebol e jogo para homenagear Macedo no Natal.

Seu Macedo dançando com o genro Everaldo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Seu Macedo dançando com o genro Everaldo. (Foto: Arquivo Pessoal)

O jogo é sempre perto do 25 de dezembro e chegou à 7ª edição. Dessa vez, a partida ocorreu no dia 24 de dezembro, em uma quadra no bairro São Francisco. Familiares e amigos próximos encararam 50 minutinhos de jogo e celebraram o amor deixado por Macedo.

Quem teve a ideia de criar o time foi o genro, o professor Everaldo Pereira Farias, de 46 anos. “Meu sogro era como um segundo pai pra mim. Sempre animado, divertido, feliz. Não tem como lembrar dele de outra maneira que não seja com alegria. Se ele estivesse vivo, estaria aqui animando e motivando todo mundo a jogar. Esse jogo é uma homenagem a ele, sem dúvida”.

Suzy, esposa de Macedo, lembra com amor do romantismo do marido. (Foto: Kísie Ainoã)
Suzy, esposa de Macedo, lembra com amor do romantismo do marido. (Foto: Kísie Ainoã)

Uma das filhas, a bancária Elvira Fava Macedo, de 41 anos, recorda da animação do pai. “Ele era alegria pura. Sempre amou esportes e motivou todo mundo a praticar. Além disso, deixou um legado de muito amor e união”.

A esposa, Susy Macedo, que esteve ao seu lado por mais de 50 anos, não segura a emoção ao falar do romantismo que hoje faz falta. “Ele levava café da manhã todos os dias pra mim. Sinto muita falta dele. Converso com ele todos os dias”, revela.

A partida é dividida em 2 tempos de 25 minutos. “Nem todo mundo é novinho, então não dá pra ser mais que isso”, ri Elvira.

Apesar da disputa com time adversário formado por amigos, o final do jogo é marcado só por comemoração. “Aqui não tem rivalidade, é só comemoração mesmo. Nunca teve briga”.

Filha se emociona ao falar do pai inesquecível. (Foto: Kísie Ainoã)
Filha se emociona ao falar do pai inesquecível. (Foto: Kísie Ainoã)

Ontem, também era aniversário do genro idealizador do time, e ao final do jogo teve parabéns e muitos abraços.

A partida terminou 8 a 4 para o time Macedo e a turma partiu para uma chácara onde vai celebrar o Natal e lembrar dos melhores momentos ao lado do pai e avô que faz muita falta.

“Esse jogo é uma forma dos netos, que não tiveram a oportunidade de estar ao lado dele, de conhecerem o quão incrível era avô deles. Eu quero que meus filhos saibam que o avô deles foi um homem muito especial e inspirador”, finaliza Everaldo.

Macedo deixou 5 filhos, Maria Cristina, Maria Cecília, Arildo, Cláudio e Elvira, e 13 netos.

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