Há 1 ano, Franco divide cadeira de rodas com Malu até na igreja
Sem precisar usar coleira para os passeios, cachorrinha é companheira de todas as horas
Há pouco mais de um ano, Franco Freitas ganhou Malu de presente de sua filha e, desde então, os dois não saíram mais de perto um do outro. Garantindo que divide a cadeira de rodas com a cachorrinha até para ir à igreja, Franco conta que Malu é a companheira de todas as horas.
É só ouvir a cadeira de rodas fazendo barulho ao ligar que Malu já se aproxima e, assim que recebe um aceno positivo do tutor, sobe no colo de Franco. “Ela fica comigo desde a hora que acordo até na hora de dormir, todo dia a gente sai para passear juntos. Ela é muito comportada e não me abandona mesmo”, conta.
Seja para ver o movimento da rua no bairro São Francisco, aproveitar a calmaria das redondezas em um passeio rápido ou seguir até a igreja para fazer as preces, Franco explica que não deixa Malu para trás. "Ela não pode entrar na igreja, mas a gente vai até lá, eu faço minhas preces de fora com ela".
“Eu vou levando ela para todo canto e nem precisa de coleira, nunca tentou fugir. É engraçado porque agora o passeio é sagrado, todo dia tem que acontecer. De manhãzinha pego ela e saímos para as ruas por aí”, explica Franco.
Antes de Malu, o morador já tinha aprendido sobre o amor de dividir a vida com cachorros, como ele conta. “A Cacau tem 12 anos, já tá ficando velhinha, mas me lembro até hoje quando ela chegou. Eu tinha ganhado um outro cachorro, mas um amigo pediu e eu dei, não tinha nem criado amor ainda. Mas fiquei mais sozinho e veio a Cacau, virou minha parceira”.
No início, Cacau até subia com Franco na cadeira de rodas, mas conforme foi crescendo precisou se manter ao lado dele. Malu, por ser de porte pequeno, faz a festa e ainda defende o tutor.
Como Franco explica, o carinho é mútuo e ele nem consegue se lembrar de algum dia em que a cachorrinha saiu de seu lado. “Ela dorme lá no quarto, a gente passa o dia todo assim mesmo”.
Além de ser de Franco, Malu também foi adotada pelo restante da família do morador. “Moro com meus irmãos e eles também não abandonam ela. Um dia fiquei com raiva porque ela fugiu, mas falei sem nem pensar, da boca para fora, que eu ia dar ela. Na mesma hora meu sobrinho já falou que não ia dar ninguém. Todo mundo gosta demais dela”.
Hoje, ele explica que nem se imagina mais sem a companheira de todas as horas, “ela não me abandona e eu não abandono também não. Moro aqui desde que nasci e agora ela também vai ter essa história assim”.
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