Perto da Copa, Cármen Lúcia é mais citada do que craques da seleção
Nas ruas de Campo Grande, é só perguntar sobre a atual situação política do país para o nome da representante do STF ser lembrado
Em ano de Copa do Mundo, o futebol e a escalação da Seleção Brasileira tem passado despercebidos aos olhos dos sul-mato-grossenses. Enquanto os nomes dos craques convocados pelo técnico Tite são esquecidos à “bola da vez” é Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.
Nas ruas de Campo Grande, é só perguntar sobre a atual situação política do país para o nome da representante do STF ser lembrado. O outros ministros no entanto passam despercebidos, assim como à escalação no último jogo da Seleção Brasileira, contra a Alemanha.
“Diante de toda à situação política do país, quem está ligado para futebol?”, questionou Peri Lopes. Torcedor do Internacional, o empresário confessou que até o time de coração tem ficado de lado nos últimos meses.
Para o palmeirense Paulo Grotti, apesar do gosto por futebol, as novidades da Seleção tem ficado de lado, nem o jogador sul-mato-grossense Ismaily Gonçalve, convocado na última escalação, chamou atenção do advogado. “Eu sei que tem [jogador de MS na Seleção], mas não sei o nome, nem o time que ele joga”.
Já para Thiago Alexandre de Oliveira, de 19 anos, o futebol é mais interessante que o cenário político. Dos onze escalados, o estudante acertou pelo menos oito dos jogadores, mas acrescentou a conta o atacante Neymar Júnior, afastado dos campos por conta de uma lesão no quinto metatarso do pé direito. “Não tem Neymar? Mas acredito que ele ainda possa participar da Copa”.
“O que o Neymar teve foi uma condução leve, para não fazer esforço no PSG (Paris Saint-Germain) e ganhar na Seleção”, destacou o parteiro Rodrigo Marcelino, de 26 anos. Apesar da fé no craque brasileiro e no futebol, pouco dos outros jogadores são lembrados por ele, com exceção de Ismaily. “O fato dele estar lá, nem que seja no banco, mostra que nenhum jogadores está sendo excluído e é um orgulho para o Estado”, contou.
Apesar de acompanhar diariamente à política do país, Marcelino afirmou que não se apega à nomes. “Só sei o nome da Cármen Lúcia, dos outros não quer nem saber”, reforçou. Para a enfermeira Edna Lopes, o que passa no STF é bem mais próximo que a Copa do Mundo e informações sobre a Seleção só chegam ela em reuniões com amigos e família nos dia de jogos.“Fora isso nem acompanho”.