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Diversão

Farofolia foi alternativa animada à Expogrande para curtir o Carnaval

Única opção de bloco carnavalesco, festa LGBTQIA+ atraiu público animado durante o pré-feriado

Aletheya Alves | 21/04/2022 07:30
Mais uma vez, Farofolia bombou com festa feita para o público LGBTQIA+. (Foto: Paulo Francis)
Mais uma vez, Farofolia bombou com festa feita para o público LGBTQIA+. (Foto: Paulo Francis)

Único bloquinho do Carnaval da semana em Campo Grande, a festa Farofolia reuniu o público LGBTQIA+ e acabou se tornando uma alternativa à Expogrande para curtir a folia fora de época. Ao todo, foram 11 horas de festa que começaram na noite de ontem (20) e seguiram até a madrugada desta quinta-feirab (21).

A festa foi realizada no mesmo endereço em que ocorreu durante fevereiro, na Estância das Flores, localizada na Avenida Cônsul Assaf Trad, e tinha expectativa de reunir 2 mil pessoas.

Para um dos organizadores do evento, Thallyson Perez, trazer o bloquinho mais uma vez significa manter o Carnaval vivo mesmo com todas as dificuldades trazidas pela pandemia e valorizar o público LGBTQIA+.

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“Para a gente, é muito importante produzir um evento voltado para essa população. Até porque, aqui na cidade, até hoje somos marginalizados e carece muito de projetos que nos representem”, conta.

Assim como para o organizador, quem esteve na festa comemorou a união entre a realização do Carnaval e a representatividade. Recepcionista, Leonardo Roriz, de 19 anos, ainda comentou que poder optar por um evento LGBTQIA+ durante o período de Expogrande foi mais um ponto positivo.

Ele detalha que chegou a pensar em conferir os shows, mas que quando ficou sabendo da Farofolia, não pensou duas vezes. “Antes eu tinha pensado em ir nos shows, mas preferi vir aqui por ser LGBT, então esse foi um dos pontos principais", diz.

Lucas Afonso Matheus, de 24 anos, e Pedro Santos, de 23 anos, participaram da festa. (Foto: Paulo Francis)
Lucas Afonso Matheus, de 24 anos, e Pedro Santos, de 23 anos, participaram da festa. (Foto: Paulo Francis)

Compartilhando da mesma opinião, o publicitário Pedro Santos, de 23 anos, destacou a importância do evento e confirmou que viu a festa como uma alternativa mais segura. “Tá sendo incrível, acho que era necessário principalmente porque o público LGBT acaba  sentindo que não se encaixa, então esse foi um rolê para abraçar essa galera”.

Sobre a dinâmica do evento, Lucas Afonso Matheus, de 24 anos, disse que no fim das contas, a ideia era finalmente se jogar no Carnaval, já que o período mais crítico da pandemia postergou as festas.

Alice Ferreira, a Miss Violência, destacou a importância da resistência do Carnaval. (Foto: Paulo Francis)
Alice Ferreira, a Miss Violência, destacou a importância da resistência do Carnaval. (Foto: Paulo Francis)

Também na produção do evento, Alice Ferreira, mais conhecida como Miss Violência, destacou que mais um retorno do bloquinho trouxe a permanência do Carnaval na Capital. “Esse é um evento cultural brasileiro que não pode acabar, tem que ter todo ano até porque é o respiro do brasileiro”, disse.

Durante as 11 horas de festa, organizada pelos blocos “Colocada”, “Tá dando pinta” e “Carnavadia”, a line up contou com os DJs Gaga funkeira, Fábio Jara, Lauanda Dumor, Aabhnerrr, Renato Oliveira, Renê, Gustavo Freitas, Nuala e LadyAfro.

Em fevereiro deste ano, a festa precisou encerrar o evento após uma fiscalização da Polícia Militar. Em boletim de ocorrência, os militares informaram que o espaço estava lotado e sem cumprir as medidas de segurança.

Em contrapartida, os organizadores do Farofolia alegaram que a polícia havia fechado a festa LGBTQIA+ por “repressão homofóbica”. E, como forma de resistência, o evento foi realizado de modo completo no fim de semana seguinte com bilheteria liberada.

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