Projeto retoma aulas de fotografia para crianças da periferia
O Jardim Noroeste foi escolhido para receber o projeto por concentrar o maior número de crianças na Capital.
A tecnologia mudou, a fotografia ganhou novos formatos e ferramentas mas o olhar sempre foi a essência da cena que as fotógrafas Elis Regina Nogueira e Vânia Jucá querem captar. Por isso, após 18 anos da primeira edição, elas retomam o projeto “Nosso Olhar - Fotografia para a Cidadania”, garantindo aulas de fotografia para crianças e adolescentes do Jardim Noroeste, em Campo Grande
As aulas começam no dia 03 de agosto e os encontros vão acontecer na sede da Associação Amigos de Maria, entidade sem fins lucrativos com atuação permanente no bairro há mais de 10 anos.
O Jardim Noroeste foi escolhido para receber o projeto por concentrar o maior número de crianças em Campo Grande: 32,7% da população da região têm entre 0 e 14 anos de idade.
Setenta crianças e adolescentes de 7 a 15 anos já estão inscritos para as aulas, que acontecerão até setembro. Na abertura de todas as oficinas, universitários do Laboratório de Estudos Regionais do Curso de Geografia da UFMS irão realizar palestras.
A fotografia e o celular – Com a quantidade imensa de informações através de imagens, muitas delas captadas por celular e compartilhadas em redes sociais, sites e fotojornalismo, O projeto incentiva a criança e o adolescente a perceber essa linguagem como meio de expressão cultural, de informação e comunicação.
A câmera escura desperta as crianças mais novas para o princípio da formação da imagem, utilizando material como papel alumínio, papel vegetal e caixas de papelão. Já as crianças de 11 a 15 ano irão descobrir além das câmeras convencionais o objeto presente na maior parte das fotografias, hoje em dia: o celular.
Toda a produção será reunida ao fim do projeto em uma exposição no MIS (Museu da Imagem e do Som). Antes os trabalhos ficarão expostos na sede da Associação Amigos de Maria, com visitas monitoradas obedecendo os protocolos de biossegurança do período.
Desde 2002 Elis Regina Nogueira e Vânia Jucá já percorreram aldeias, comunidades pantaneiras e localidades mais vulneráveis ou com menos acesso à informação. O olhar social é a essência do trabalho das fotógrafas idealizadoras do projeto, que já atendeu mais de 500 crianças em 7 anos de realização de oficinas.
O projeto foi aprovado pelo último edital do FIC - o Fundo de Investimentos Culturais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, em 2019. Com a pandemia, o projeto que deveria ser realizado entre 2019 e 2020 foi readequado e pode ser realizado agora, com adequação das atividades às normas de biossegurança.
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