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Diversão

Queridinhos de turistas, quanto custa contemplar de onça a tuiuiú?

A fauna da região sul-mato-grossense dá show de beleza e é o que mais atrai turistas para o Estado

Jéssica Fernandes | 11/10/2021 08:36
Onça-pintada é uma das espécies que representam o Estado. (Foto: Edir Alves)
Onça-pintada é uma das espécies que representam o Estado. (Foto: Edir Alves)

Falar de Mato Grosso do Sul e não lembrar da onça-pintada, capivara, jacaré e outros animais símbolos da região do Cerrado é impossível. A beleza da fauna costuma encantar quem cresceu rodeado por ela e mais ainda, quem pisa pela primeira vez no solo sul-mato-grossense.

No aniversário de 44 anos do Estado, o Lado B fez um especial para você saber certinho quais regiões deve visitar para encontrar e contemplar cada animal silvestre. Quer ver de perto uma onça? Existe um passeio realizado em Mirada, a 211 km de Campo Grande, que permite que você veja essa e outras espécies.

O "Safári Fotográfico” é um dos passeios que a Fazenda San Francisco Agro Ecoturismo Pousada e Passeios oferta para os turistas que desejam ter um contato mais próximo com a natureza e, consequentemente, com os animais. A empresa conta com um guia pantaneiro responsável por acompanhar o pessoal no trajeto e comentar as curiosidades de cada bicho.

Filhote de tamanduá-bandeira no colo da mãe. (Foto: Edir Alves)
Filhote de tamanduá-bandeira no colo da mãe. (Foto: Edir Alves)

Quem se hospeda na pousada, automaticamente adquire no pacote da diária dois passeios diurnos, um noturno, além da pensão completa com café da manhã, almoço e janta. A empresa não cobre refeições, gastos extras e transporte para outras fazendas da proximidade.

No local, os valores acompanham a hospedagem e variam conforme o apartamento escolhido pelo visitante. O Lado B entrou em contato com a fazenda e apurou quanto custa se hospedar no lugar só para observar cervos, jacarés, capivaras, tuiuiús, antas, tamanduás e a magnífica onça-pintada.

Os preços vão R$ 810,00 a diária para uma pessoa até R$ 2.450,00 a diária para 5 pessoas.

Jacaré-do-pantanal é uma das espécies que residem na região da fazenda. (Foto: Edir Alves)
Jacaré-do-pantanal é uma das espécies que residem na região da fazenda. (Foto: Edir Alves)

Como funciona o passeio?

No passeio do Safari Fotográfico, os visitantes percorrem estradas que passam em meio às reservas da mata nativa do Pantanal. O trajeto é feito no carro da empresa e dura cerca de 3h, além de abranger a trilha Caranda de 700 metros.

No caso, a trilha é feita a pé, leva 20 minutos e no caminho, o público consegue ver o encontro das águas do Corixo São Domingos com o Rio Miranda.

Tuiuiú, considerada a ave símbolo do Pantanal, na margem do rio. (Foto: Edir Alves)
Tuiuiú, considerada a ave símbolo do Pantanal, na margem do rio. (Foto: Edir Alves)

De acordo com o guia da fazenda, Edir Alves, o passeio garante que os turistas vão ver alguns dos bichos típicos, mas não todos. “O que encontramos depende mais da natureza do que da gente, porque os bichos estão livres, soltos, então, nós fazemos o trajeto onde temos mais chances de encontrar eles”, fala.

A onça-pintada, que é a mais procurada, é consequentemente a mais difícil de ser encontrada. “Com sorte, nós podemos encontrar a onça, mas ela é um bicho de hábito mais noturno, então, a chance é maior no passeio de focagem de animais silvestres. Os melhores meses para ver a onça de dia é a partir de julho, que é o período mais seco, então, elas ficam nas bordas das matas”, explica.

O passeio noturno mencionado pelo guia funciona de duas formas, sendo a primeira no carro “Guará”, com lugar para 25 pessoas. Já a segunda é no “Jaguatirica”, com capacidade de levar somente 11. Os veículos se deslocam na área de produção de arroz irrigado e na área florestal de preservação animal.

Sucuri-amarela predomina em regiões como o município de Bonito. (Foto: Edir Alves)
Sucuri-amarela predomina em regiões como o município de Bonito. (Foto: Edir Alves)

Nesses dois ambientes, com o apoio da lente noturna, o público vislumbra animais silvestres como lobinho, jaguatirica, guaxinim, anta, jacaré, veado-cantingueiro, veado-mateiro, capivara, cervos, corujas, alguns pássaros, e, é claro, a famosa onça.

Outra experiência legal, é o passeio “Cavalgada no Cerrado e Pantanal”. O guia relata quais são os hábitos do pantaneiro, enquanto o turista cavalga nos cavalos criados pela fazenda. A programação leva 2h e no percurso, é possível avistar alguns tatus, veados e emas.

Quem não puder conferir o passeio por meio da fazenda, não precisa ficar triste, pois esses e outros animais símbolos do Estado podem ser encontrados em toda extensão do território de Mato Grosso do Sul.

Arara-azul é outra ave bastante conhecida no Estado. (Foto: Edir Alves)
Arara-azul é outra ave bastante conhecida no Estado. (Foto: Edir Alves)

Projeto Jiboia - E se você quiser conhecer outros bichos e “romper” com o medo que tem de cobras e serpentes, outra boa opção de ecoturismo, é o Projeto Jiboia, que realiza as atividades em Bonito, a 355 km de Campo Grande.

A iniciativa aborda várias curiosidades sobre esses animais de uma forma bem-humorada. O palestrante realiza toda a explicação manuseando uma jiboia para mostrar aos turistas que o bicho é inofensivo. Quando a palestra termina, é a vez dos visitantes terem um contato mais próximo com o réptil.

Atualmente, o serpentário conta com 12 jiboias e uma píton. Acostumadas com a presença e o contato humano, os répteis são dóceis e possuem microchip de identificação que informa a origem do animal.

A atividade é liberada para todas as idades, mas menores de 16 anos precisam estar acompanhados por um adulto. Mais informações sobre o projeto no número (67) 98419-0313.

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