Há 30 anos, restaurante faz sucesso com bolinho de carne e churrasco todo dia
A lanchonete que antes só vendia sucos e salgados, há dois anos garante um almoço daqueles, com churrasco todos os dias. Por isso é mais uma dica de economia no Centro de Campo Grande. Foi só perceber a clientela fidelizada na Avenida Fernando Corrêa da Costa, que o dono do Beto Sucos, decidiu montar a mesa com saladas, uma variedade de pratos e a carne assada, que segundo ele, o campo-grandense não dispensa.
O lugar existe há aproximadamente três décadas como lanchonete. Mas Roberto Mitzuo, de 57 anos, comprou o lugar há 15 para continuar fazendo o que mais ama: servir.
De família japonesa, Roberto conversa pouco, mas não abre mão de um cumprimento sorridente a quem chega. Ele já conhece os clientes pelo nome. Quando não vai até a porta, segue pelo restaurante para ver se está tudo no jeito e deseja um bom almoço.
No cardápio, tem carne assada, saladas, acompanhamentos, além de um prato especial todos os dias. Na segunda-feira, é a vez da dobradinha e rabada, com receita especial de família, garante Roberto.
Na terça-feira a carne de porco entra no menu. Quarta é dia de feijoada e o frango xadrez incrementa a mesa na quinta. Sexta tem yakisoba. Mas no sábado, para fechar a semana, o dono coloca tudo à mesa. "Tem peixes, carnes, molhos, comida japonesa tradicional e, claro, nosso churrasco", diz.
O self-service custa R$ 21,00 durante a semana e R$ 30,00 aos sábados. Mas a criação da casa é o que faz sucesso: o bolinho de carne sem massa, apenas empanado, que depois de frito fica com uma casquinha crocante por cima. Experimentamos e é mesmo saboroso, com uma receita familar que não economiza nos temperos. Cada bolinho custa R$ 3,50.
Também tem pastel frito na hora, sucos e assados. É assim desde que Roberto chegou à Avenida Fernando Corrêa, depois de muito tempo com uma sobaria no bairro Amambaí. "Meu pai sempre trabalhou com restaurante. Acabei herdando isso dele".
Roberto ficou 11 anos no mesmo endereço, quando resolveu investir em outro estabelecimento. Mas sem planejar o futuro, vieram as dívidas e ele precisou fechar o restaurante. Decidiu ir embora do Brasil para quitar tudo e ter de novo o próprio negócio.
No Japão, trabalhava 12 horas por dia na produção de cartuchos. Foi assim durante 6 anos, até conseguir voltar ao Brasil. "Quando cheguei aqui, paguei tudo e conheci esse ponto. Adorei o lugar e decidi ficar com ele".
O espaço é de um capricho fácil de reparar e atendimento que, para Roberto, não tem segredo. "Comércio é sinônimo de bom atendimento. Se a pessoa não tem como atender bem, nem abra as portas. Esse é o nosso lema aqui dentro".
O Beto Sucos fica na Av. Fernando Corrêa da Costa, 373 - Centro.
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