Cachoeira Boca da Onça seca e falta de chuvas é o principal motivo
A situação circulou nas redes sociais e acendeu alerta
Três anos de redução no regime de chuvas na região de Bonito, a 257 Km de Campo Grande, também têm contribuído para que um dos cartões postais de Mato Grosso do Sul, a cachoeira Boca da Onça, apresente menor volume de queda d’água. A situação circulou nas redes sociais e acendeu alerta.
Sócio na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Cara da Onça, o jornalista Gerson Jara pontua em vídeo sua preocupação com a situação da cachoeira, que é oriunda de cânion de 156 metros de altura no Rio Salobra. Segundo ele, a diminuição da água começou entre dois e três anos, principalmente com o avanço do agronegócio.
O gerente de turismo de fazenda de ecoturismo na localidade, Cristiano Godino, tem pensamento semelhante, mas enfatiza que a falta de chuvas contribui mais com a situação e mostra em números que a precipitação nos últimos três anos foram bem menores.
“O maior problema é a falta de chuva, mas sabemos que o avanço das plantações na região toda, pode afetar também a questão das chuvas”, comentou. A propriedade tem equipamentos próprios para medições pluviométricas e os dados revelam que situação semelhante – com poucas chuvas – ocorreu entre 2006 e 2008.
O período de cheia na região é entre dezembro e janeiro, por isso, agora, o nível de água deveria estar maior. Segundo Godino, “em janeiro de 2021 tivemos uma chuva boa e estava normal”, mas sustentou que “não é comum secar, porém, nos últimos três anos tivemos uma queda acentuada nas chuvas”.
Em vídeo de hoje, ele mostrou que a queda d’água está deficitária, mas ainda ocorre. Imagens do ano de 2020, também do gerente, mostram a cachoeira em regime normal e com água em abundância.
Ele disse que não procurou as autoridades ambientais, como o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) porque acredita que o problema seja mesmo a falta de chuvas. A reportagem entrou em contato com o órgão e aguarda retorno.