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Meio Ambiente

Força-tarefa já identificou 18 fazendas que iniciaram fogo no Pantanal

Esses pontos geraram 56.631,68 hectares de incêndios florestais, entre os dias 10 de maio e 23 de junho

Por Izabela Cavalcanti e Gabriela Couto, de Corumbá | 27/06/2024 12:03

Trabalho em conjunto do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), PMA (Polícia Militar Ambiental) e do Governo do Estado, representado pelo Grupamento de Operações Aéreas, identificaram 18 pontos de ignição que geraram 56.631,68 hectares de incêndios florestais ocorridos entre os dias 10 de maio e 23 de junho de 2024, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul.

O MPMS usa o Nugeo (Núcleo de Geotecnologias) para identificar os locais e repassa à polícia para verificar as causas.

Essa fiscalização em conjunto, utilizando a aeronave, começou desde o dia 25 de junho, em Corumbá. Com isso, outros 13 pontos de ignição foram identificados e serão investigados.

Helicóptero usado para ajudar na fiscalização das fazendas em Corumbá (Foto: Alex Machado)
Helicóptero usado para ajudar na fiscalização das fazendas em Corumbá (Foto: Alex Machado)

A fiscalização é a pedido do promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet. “Por mais que às vezes não se consiga comprovar que houve um incêndio intencional e com isso gerar uma multa ou uma responsabilidade criminal, o Ministério Público vai tomar providências em todos esses casos para a reparação desse dano e especialmente para adoção de medidas preventivas, a fim de tentar evitar que novos incêndios comecem nestas áreas”, destacou.

Ele solicitou um relatório, com urgência, para averiguação dos fatos. A informação é de que o relatório já foi concluído e que não tem como saber quem é o autor do incêndio. Dá apenas para saber de quem é a fazenda, onde o fogo começou.

Alguns dos focos começaram próximos a beira de estradas, beira de rio, e a 20 quilômetros da sede das fazendas.

Os proprietários das fazendas alegaram que o prejuízo do fogo é maior do que o processo de queima para abrir pastagem, porque se perde pasto.

Fumaça de queimada em vegetação de Corumbá (Foto: Alex Machado)
Fumaça de queimada em vegetação de Corumbá (Foto: Alex Machado)

O tenente-coronel Fábio Gonçalves, comandante da aeronave, que faz parte da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo de Mato Grosso do Sul, explica sobre a eficácia do uso do helicóptero.

“A coordenadoria está desenvolvendo um trabalho em apoio ao Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental e aos demais órgãos de segurança. Temos ido em locais para tentar identificar onde estão sendo iniciados os focos. O Governo do Estado tem feito uma força-tarefa para identificar esses focos, os recursos estão sendo colocados para que a gente consiga dar uma resposta que a sociedade precisa”, pontuou.

A aeronave também está sendo usada para dar auxílio aos animais que têm tido dificuldades por conta dos incêndios.

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