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Meio Ambiente

Relatório aponta 3 barragens de MS com riscos de segurança

Além das falhas de segurança das barragens, 83 empreendimentos apresentaram Dano Potencial Associado e Categoria de Risco altos

Izabela Sanchez | 20/11/2018 09:40
Represa do córrego Guariroba, na saída para Três Lagoas. (Foto: Divulgação)
Represa do córrego Guariroba, na saída para Três Lagoas. (Foto: Divulgação)

A ANA (Agência Nacional das Águas), do Ministério do Meio Ambiente, divulgou o RSB (Relatório de Segurança de Barragens) e aponta que, em Mato Grosso do Sul, três barragens preocupam autoridades pela falta de segurança. São elas a lajeado, da concessionária de água Águas Guariroba e duas particulares, esteio e cabeceira da onça.

A barragem lajeado, segundo o relatório, apresenta problema na vedação do vertedor. A barragem esteio tem grande vazão no pé da barragem e a cabeceira da onça apresentou material solto e presença de fissuras. A preocupação com a segurança foi repassada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que fiscaliza as barragens.

Além de preocupar autoridades, o relatório classifica empreendimentos com alto DPA (Dano Potencial Associado) e alto CRI (Categoria de Risco Alto). Em Mato Grosso do S, 42 barragens estão com DPA alto, 29 com CRI alto e 12 com DPA e CRI altos. No Imasul, segundo o relatório, apenas uma pessoa fica responsável pela fiscalização.

Acidentes – O relatório também aponta acidentes em barragens. Em Mato Grosso do Sul, a barragem lajeado sofreu um “galgamento” no dia 1 de dezembro de 2017, quando a água ultrapassa a estrutura. Segundo o RSB, a barragem se rompeu durante evento de cheia.

Vertedouro da barragem Lajeado (Marina Pacheco)
Vertedouro da barragem Lajeado (Marina Pacheco)

Cenário Nacional – Neste ano, segundo o documento, houve aumento no número de entidades fiscalizadoras que listaram as barragens que mais os preocupam. Em 2016 eram 9 e em 2017 esse número aumenta para 13. Conforme o documento, a maioria ocorre por problemas de baixo nível de conservação da barragem, mas existem outros motivos como insuficiência do vertedor e falta de comprovação documental da estabilidade da barragem.

O número de barragens com riscos também aumentou em relação a 2016, quando 25 barragens preocupavam autoridades. Em 2017, o número aumentou para 45. A ANA contabiliza 24.092 barragens para os mais diversos usos. Os mais comuns são irrigação, dessedentação animal e aquicultura.

Até o momento, 3.543 barragens foram classificadas por DRI e 5.459 quanto ao DPA, 723 classificadas simultaneamente como CRI e DPA altos. São 13% das barragens com alguma classificação. Em relação ao RSB anterior houve um aumento de 28 barragens nesta situação.

Por meio da assessoria de imprensa, a Águas Guariroba afirma que já adota as recomendações apresentadas pela ANA, apontadas no relatório de 2017 em relação à barragem Lageado. A empresa ressaltou que a operação da barragem “está segura e é monitorada pela concessionária”. Segundo a concessionária, as medidas recomendadas referem-se à manutenções pontuais de impermeabilização “que não representam riscos para a estabilidade e segurança da unidade”.

O presidente do Imasul, Ricardo Eboli, afirmou que os responsáveis pelas barragens foram notificados. "Eles foram notificados pelo Imasul (NT 1292/2018 de 15 de março de 2018 - Águas Guariroba) (NT 1296/2018 de 15 de março de 2018 Oscar Luiz Giuliani) e (NT 1293/2018 de 15 de março de 2018 - Henrique Ceolin). Esses proprietários já realizaram manutenções preventivas e estão sendo acompanhadas pelo Imasul”, comentou.

 

*matéria alterada às 11h35 para acréscimo de informações.

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