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Política

“Ele administrava sozinho”, diz vice sobre prefeito preso pelo Gaeco

O prefeito Carlos Anibal Ruso Pedrozo (PSDB), o secretário municipal de educação, Helder Naulle Paes, e sete dos 11 vereadores de Ladário foram presos preventivamente nesta manhã (26)

Anahi Zurutuza | 26/11/2018 09:43
Vice-prefeito de Ladário, Iranil Soares, durante entrevista (Foto: Alle Yunes/Correio de Corumbá)
Vice-prefeito de Ladário, Iranil Soares, durante entrevista (Foto: Alle Yunes/Correio de Corumbá)

O vice-prefeito de Ladário, Iranil Soares (PSDB), que deve assumir o comando da administração municipal ainda nesta segunda-feira (26), afirma estar “por fora” do que ocorria nos gabinetes da prefeitura e o Legislativo.

O prefeito da cidade distante 419 km de Campo Grande, Carlos Ruso, também do PSDB, o secretário de Educação e 7 vereadores foram presos hoje em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra esquema de pagamento de “mensalinho” aos parlamentares.

“Eu não tinha nenhuma participação na administração Ruso. Desde que ele assumiu, disse que iria administrar o município sozinho”, afirmou o vice-prefeito ao Campo Grande News nesta manhã.

Mais conhecido como Pastor Iranil, ele disse estar tomando conhecimento das acusações e que a Câmara da cidade foi notificada para tomar providências. “Assim que eu tomar posse, se acontecer, vou ter de fazer o levantamento de como está a administração municipal antes de tomar qualquer providência, colocar a máquina para funcionar”.

Operação – O prefeito Carlos Anibal Ruso Pedrozo (PSDB), o secretário municipal de educação, Helder Naulle Paes, e sete dos 11 vereadores de Ladário foram presos preventivamente nesta manhã (26). Eles foram levados para a Delegacia de Polícia Civil da cidade.

O presidente da Câmara, Fábio Peixoto (PTB), foi quem denunciou o esquema de pagamento de propina para “calar a boca” de vereadores. Em colaboração com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), ele e outros dois parlamentares, segundo Peixoto, recebiam mensalmente R$ 3 mil – metade do salário – para aprovar projetos e fazer vista grossa para as ações da administração municipal.

Conforme o MP, os nove alvos são investigados por associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva no Legislativo e no Executivo da cidade.

Os mandados de prisão, suspensão do exercício de mandatos e de cargo público no município foram determinados pelo desembargador Emerson Cafure, da Seção Especial Criminal do Tribunal de Justiça.

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