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Política

Assim como na Câmara, deputado copia projeto e esquece de trocar SC por MS

Texto aprovado em duas votações tinha na justificativa o objetivo de alavancar “a economia catarinense”

Gabriela Couto | 12/08/2021 11:10
Deputado Antônio Vaz (Republicanos) comemorou a aprovação do projeto que tem erro "normal" na justificativa. (Foto: Luciana Nassar)
Deputado Antônio Vaz (Republicanos) comemorou a aprovação do projeto que tem erro "normal" na justificativa. (Foto: Luciana Nassar)

Os deputados aprovaram por unanimidade nesta quinta-feira (12), o projeto de lei 203/2020, do deputado Antonio Vaz (Republicanos), que institui a Política Estadual de Incentivo à Permanência de Jovens e Adultos no Meio Rural por meio da qualificação da Oferta Educacional, em Mato Grosso do Sul.

O texto que passou pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), várias comissões de mérito, duas votações em plenário e votação da redação final, segue para a sanção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Mas na justificativa da matéria, o parlamentar ou sua equipe ‘parece ter esquecido’ de mudar o final da proposta.

“Acreditando na relevância deste projeto para a profissionalização de jovens e adultos do meio rural, por meio da educação qualificada, incentivando sua permanência no campo e alavancando a economia catarinense, solicito o apoio de meus Pares para a aprovação da matéria.”

O texto é idêntico ao projeto de lei 205/2020 que tramita na Assembleia Legislativa de Santa Cantarina e é de autoria do deputado estadual Altair Silva (PP). Mas o parlamentar de Mato Grosso do Sul assegurou que o erro foi algo “normal”.

“Mato Grosso do Sul é um Estado onde a agricultura é muito forte, diante disso apresentei um projeto semelhante à outro estado. Essa PL é muito interessante, erros são normais, todos nós estamos propensos a errar, o que importa são os benefícios que esse projeto trará para nosso Estado”, destacou.

Ontem (11), o Campo Grande News mostrou plágio na outra casa legislativa da Capital. O vereador Tiago Vargas (PSD) apresentou projeto de lei que bane conteúdo de cunho sexual das escolas municipais de Campo Grande. A matéria cria o programa “Infância sem Pornografia”, indicando que os alunos teriam acesso a esse tipo de imagem durante as aulas, repassada por professores.

Porém, além de aparentemente inócua, a proposta também não é inédita. O texto é uma cópia sem retoques de projetos apresentados nas Câmaras de Balneário Camboriú (SC) e Paranaguá (PR). Também há semelhanças nas proposições aprovadas em Florianópolis (SC) e Vitória (ES). Em Tupã (SP), o projeto virou lei.

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