Associação que apoia Uber quer regra para contratar motorista auxiliar
Norma sobre o serviço não agradou e prefeitura faz coletiva sobre o assunto
Representando os usuários de Uber em Campo Grande, a Applic (Associação dos Parceiros em Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Profissionais Autônomos) quer para o serviço vantagens e regras semelhantes às dos taxistas.
A associação está na prefeitura da Capital, nesta segunda-feira (27), onde o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), concederá coletiva sobre a regulamentação do serviço de caronas pagas.
Conforme o vice-presidente da entidade, Wagner Antônio Peres, o pedido é para que, além das 490 autorizações que o decreto de regulamentação – publicado na sexta-feira (24) – prevê, o município emita licença para 490 auxiliares, que são empregados para trabalhar no serviço, mas não são os donos dos veículos, como acontece no serviço de táxi.
Outra demanda é que, diferente do que a norma impõe, a titularidade do veículo possa estar em nomes de outras pessoas. O vice-presidente explicou que muitos motoristas usam carros de parentes ou até mesmo alugam os automóveis para trabalharem.
Uma das previsões do decreto é que o veículo tenha placa vermelha para identificação, regra que é “aceita”, desde que seja concedida isenção do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) e desconto de 30% para compra de veículos, a exemplo do que ocorre com os donos de alvarás de táxis em Campo Grande.
Sobre a concessão das permissões, Wagner afirmou que dará preferência aos servidores que estiverem desempregados.
Conhecido como o serviço semelhante ao do táxi, o Uber caiu no gosto por ser mais barato. A regulamentação não foi bem vista pelos campo-grandenses por diversos pontos. Um deles é que a proposta reduz mais que a metade de número do veículos prestadores do serviço, que hoje giram em torno de 1 mil.