Bens de réus na operação Uragano voltam a ser bloqueados pela Justiça
Decisão é do desembargador Paulo Alfeu Puccinelli, em atendimento a recurso do Ministério Público Estadual
A Justiça voltou a bloquear R$ 23 milhões em bens de 71 pessoas físicas e jurídicas que são réus na operação Uragano, realizada pela PF (Polícia Federal) em setembro de 2010, em Dourados, município que fica a 233 quilômetros de Campo Grande.
A decisão é do desembargador da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Paulo Alfeu Puccinelli, em atendimento a recurso de agravo de instrumento intentado pelo promotor Luiz Gustavo Camacho Terçariol, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Dourados.
No início deste mês, a 6ª Vara Cível de Dourados havia liberado todos os bens dos acusados em virtude de uma decisão do mesmo desembargador, Paulo Alfeu Puccinelli, prolatada num caso que envolvia a quantia de R$ 4 mil.
Não concordando com a decisão que liberou todos os bens, o Ministério Público Estadual impetrou recurso. O Tribunal de Justiça então cassou a decisão do juiz de Dourados.
Desta maneira, os bens dos envolvidos no esquema, continuam bloqueados pela Justiça Estadual, para que os cofres públicos sejam ressarcidos em virtude dos ilícitos praticados pela quadrilha desbaratada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual.
A operação Uragano revelou um esquema de fraudes e pagamento de propina envolvendo a prefeitura de Dourados, vereadores, secretários municipais e empresários. De acordo com o jornal Diário MS, os bens somam R$ 20 milhões.
Na lista dos que tiveram os bens bloqueados, o ex-diretor-executivo da Funced (Fundação da Cultura e Esportes de Dourados), Leandro Carlos Francisco e o ex-prefeito Ari Artuzi. O primeiro teve R$ 4,6 mil bloqueados.