Câmara rejeita revogação e mantém doação de áreas a igreja e sindicato
As doações foram em 2015 e englobam 7 mil m² (metros quadrados) no bairro Chácara Cachoeira
A Câmara de Vereadores rejeitou em sessão na manhã desta terça-feira (24) a anulação do projeto que prevê a doação e permuta de áreas para o Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) e Arquidiocese de Campo Grande.
As doações foram em 2015 e englobam 7 mil m² (metros quadrados) no bairro Chácara Cachoeira, região nobre da Capital. No entanto, em setembro deste ano, o município anunciou que retomaria os espaços. Para tanto, enviou projeto de lei à Câmara Municipal pedindo a revogação das doações.
No total de vereadores presentes na sessão, 15 votaram a favor da revogação de doação das áreas e 11 contra. Conforme o vereador Eduardo Romero (Rede), para que a anulação fosse aprovada seriam necessários votos da maioria qualificada, ou seja, dois terços do total de vereadores, que significaria 20 votos.
Votos - Na tribuna, o vereador Valdir Gomes (PP), disse que não entendia o motivo dos vereadores estarem divididos quanto a revogação da doação e permuta das áreas. “Estive reunido com o próprio Dom Dimas e ele me pediu para votar pela revogação da permuta, pois a igreja não queria nada de graça”, revela.
A vereadora Dharleng Campos (PP) foi contrária a anulação do projeto e justificou seu voto dizendo que se amparava na decisão dos vereadores da época.
Já a bancada do PSDB votou a favor de manter a doação e permuta das áreas.
Município - Ao Campo Grande News, o prefeito Marquinhos Trad disse que irá acatar a decisão da Câmara de Vereadores. O próximo passo, segundo ele, será mandar escriturar as áreas para que a doação e permuta sejam feitas.
No dia 19 de setembro, o chefe do executivo municipal foi até a Casa de Leis para explicar o projeto que anulava a doação e permutas das áreas.
Áreas - Para o sindicato, a doação foi de um terreno com 2 mil m² para construir uma escola de formação para motoristas. Já a permuta com a igreja católica foi de terreno de 5 mil m², onde seria construída a Igreja Nossa Senhora da Abadia.