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Política

Chaves começa a articular Conselho Político; Schimidt é convidado

Zemil Rocha | 06/11/2013 18:50
Pedro Chaves
Pedro Chaves

O secretário municipal de Governo, Pedro Chaves, começa a articular a formação do Conselho Político da administração do prefeito Alcides Bernal (PP). A intenção é formar o conselho com todos os partidos que apoiaram Bernal no segundo turno, como PT, PSDB e PPS, e com possíveis aliados que se interessem em ajudar a formar um governo de “coalizão”, como PSB e PDT.

Hoje, o secretário Pedro Chaves convidou o presidente regional do PDT, João Leite Schimidt, a integrar o Conselho Político, uma das quatro exigências do PT para continuar apoiando Bernal. As outras três era a própria nomeação de articulador político para a Secretaria de Governo, a agregação de outros partidos políticos para formação de uma gestão de “coalizão” e retomada do diálogo com a Câmara de Campo Grande.

Antes de Schimidt, o secretário Pedro Chaves já havia conversado com o presidente regional do PT, Marcus Garcia, e o presidente do Diretório da Capital, Gildo Oliveira, para que indicassem um membro para o Conselho Político. “Vamos chamar um fórum das bancadas do PT para indicarmos um nome”, informou Gildo, satisfeito com a rapidez com que Chaves está procurando fazer a articulação política. “Estamos animados com a indicação do Pedro, que é belíssimo quadro”, elogiou.

João Leite Schimidt também enalteceu as qualidades de Pedro Chaves. “Um homem extraordinário, patrimônio sul-mato-grossense, um grande empreendedor”, afirmou ao final do encontro com Chaves nesta tarde de quarta-feira. “Conversamos de relações institucionais e ele me convidou para integrar o conselho deliberativo”, informou o dirigente pedetista.

Enfatizando que ouviu atentamente as argumentações de Pedro Chaves, o presidente do PDT lamentou apenas que seja “hora dificílima” para se tentar ampliar a base de apoio do prefeito Alcides Bernal. “Transmiti meu desejo de que dê tudo certo. Só não defini se vou participar do conselho. Disse que vou pensar”, contou.

Pela palavras de Shimidt, o PDT dificilmente aceitará o convite. “No segundo turno estivemos em palanques diferentes”, lembrou o veterano político. Além disso, considera que o PDT nem teria condições de pressionar a favor de suas políticas, devido ao fato de ter só um voto na Câmara de Campo Grande, palco do julgamento político do prefeito no processo de cassação de mandato. “O PDT tem um voto na Câmara.. Não é decisivo isso para o prefeito”, apontou.

Generosidade de Chaves – O presidente regional do PDT, João Leite Schimidt, enalteceu o “ato generoso” de Pedro Chaves em aceitar, neste momento de crise política, o convite do prefeito Alcides Bernal para ser secretário de Governo. “É nessas horas que a gente conhece os grandes homens”, elogiou.

Indagado se Pedro Chaves teria experiência política para fazer as articulações necessárias, Schimidt respondeu: “Às vezes facilita não ter experiência política, sair daquele profissionalismo costumeiro, da mesmice. O discurso é outro”.
Para Schimidt, a experiência empresarial de Chaves já o qualifica para o cargo de secretário de Governo. “É um cara muito elegante no trato. Tem muita experiência, foi magnífico reitor de uma das maiores universidades do Centro-Oeste. Tem de ter muita habilidade para isso, pois trata com doutores, pós-doutores, mestres”, argumentou.

Questionado se ainda há possibilidade de “salvação” política de Bernal, o dirigente pedetista revelou um otimismo diferente do que manifestara há uma semana, quando se referiu ao progressista como alguém que está “morrendo” politicamente. “Acho que tem de conversar com quem de direito. Um deles é o Judiciário e o outro é quem tem o comando dos votos”, afirmou nesta tarde. “Ainda há essa possibilidade, pois na Câmara o julgamento é político e aí é questão de número de votos”, emendou.

Considera ainda que, mesmo se tiver derrota na Câmara, Bernal ainda pode se socorrer no Judiciário. “O Poder Judiciário ainda não entrou nisso. Bernal ainda não se socorreu nele e nenhuma lesão de direito escapa ao controle judicial”, declarou Schimidt, que também é advogado.

Para o presidente do PDT, o grande erro de Bernal foi querer governar solitariamente. “Tinha que fazer concessões e não fez. Chegou ao governo sem base política. Tinha que conversar”, ponderou. “Bernal tem toda legitimidade. Chegou ao governo sem comprar nenhum voto, pela vontade da maioria do povo. Faltou combinar isso com as concessões que da política, que são normais, estabelecer processo de paz. Mas para a paz sempre tem tempo. Só quando a diplomacia não funciona é que temos a guerra. Agora, Bernal tem a busca da paz pela diplomacia de Pedro Chaves”, finalizou.

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