CPI suspende depoimento e vai se “armar” para desvendar Salute
A CPI do Calote resolveu cancelar o depoimento dos representantes da empresa Salute, que estava marcado para sexta-feira, dia 2 de agosto. De acordo com o presidente da comissão, o vereador Paulo Siufi (PMDB) não adianta “convocar” a empresa sem ter levantado toda sua documentação para esclarecer todas as suspeitas que pairam sobre a micro-empresa criada em abril e que já faturou, sem licitação, um contrato de R$ 4,3 milhões da Prefeitura da Capital.
Siufi ressaltou que não vai mais cometer o mesmo erro feito com a empresa Jagás, quando o seu proprietário não levou os documentos necessários para a reunião e os vereadores ficaram sem “embasamento” para o depoimento. “Não vamos dar esta oportunidade de novo, quando chamarmos a Salute estaremos preparados”, destacou ele.
A Salute Distribuidora de Alimentos, criada no mês de abril, fechou contrato emergencial com a prefeitura no valor de R$ 4,3 milhões, para fornecer alimentos aos Ceinfs (Centro de Educação Infantil), no entanto tem um capital social de apenas R$ 50 mil e não tem experiência na área.
A empresa se tornou alvo da CPI após a comissão de assistência social da Câmara fazer uma visita a sua sede e encontrar o local fechado, sem a menor movimentação de funcionários. O vereador Flávio César (PT do B) chegou a mencionar que Salute era de “fachada”, tamanha a falta de estrutura e condições.
Reunião – Apesar do cancelamento do depoimento da Salute, a CPI vai ouvir no próximo dia 2 de agosto as empresas Total e Mega Serv. A primeira teve seu contrato rescindido, para que a prefeitura contratasse a segunda, no entanto esta também está com suspeitas de ser uma empresa de fachada. A Mega Serv será responsável pela limpeza nos postos de saúde.