ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 24º

Política

Diretora da previdência aponta rombo de R$ 6 bilhões caso não haja reforma

Camila de Oliveira também admite peso sobre os servidores, mas garante abrandamento da prefeitura

Nyelder Rodrigues | 08/06/2021 20:50
Audiência pública foi a primeira a ser realizada para discutir a previdência municipal e sua reforma (Foto: Ascom/CMCG)
Audiência pública foi a primeira a ser realizada para discutir a previdência municipal e sua reforma (Foto: Ascom/CMCG)

A previdência municipal pode criar um rombo de R$ 6 bilhões nos cofres da prefeitura de Campo Grande. Mas a conta deve demorar e vir nos próximos 70 anos caso a reforma previdenciária que está em pauta para análise dos vereadores não seja aprovada. O número foi revelado durante audiência público na Câmara da Capital, nesta terça-feira (8).

Camila foi uma das convidadas a participar do evento, que deve ser um dos vários outros a serem realizados na Casa de Leis para discutir o polêmico tema. "Se pudéssemos voltar 60 anos, quando criaram a previdência do servidor público, mas nós estamos no final da linha deste bonde", assinala a diretora, que continua.

"Essa proposta ameniza o que vem da emenda 103. Ela é muito pesada para o servidor. Ela não é justa, mas é a mais correta de trabalhar. Colocamos uma pitada de humanização neste projeto, e a reforma, se colocada como veio [do Governo Federal], seria muito mais pesada para o servidor", explica Camila.

A referida emenda foi proposta pelo Governo e em 2019 foi aprovada pelo parlamento federal e sancionada, obrigado os municípios também a se adequarem. A intenção é reduzir a participação da previdência no orçamento público.

"Cabe ao cidadão participar das mudanças, pois a hora de lutar contra esta reforma foi em 2019, e a mudança já foi feita", opina outro participante da audiência pública realizada hoje, o advogado Marcos de Castro.

Servidores - A reformulação da previdência em Campo Grande deve atingir mais de 16 mil servidores vinculados ao regime previdenciário municipal, a maior parte deles contrários as mudanças propostas agora.

Um deles é o o presidente da ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação de Campo Grande), Lucílio Nobre. "A reforma tentou incriminar o servidor e jogar a conta para ele pagar, mas se depender de nós não deixaremos que isso aconteça", dispara.

Já o vice-presidente da associação que representa os guardas municipais, Alberto da Costa Neto, frisa que é um dever de todos consertar os erros disseminados pela reforma de 2019 e que esse é um bom momento para discutir a questão.

De acordo com o vereador Valdir Gomes (PSD), os trabalhos outras reuniões durante a semana serão feitas com mais segmentos dos servidores públicos para ouvir todas as reivindicações. Gomes, no passado, já foi presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande).

Nos siga no Google Notícias