Ex-secretário faltou a depoimento e terá condução coercitiva em janeiro
O ex-secretário de Governo, Rodrigo Pimentel, será conduzido coercitivamente, com escolta da Polícia, para depor na segunda audiência de instrução e julgamento do prefeito Gilmar Olarte, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, num esquema em que usou cheques de terceiros, para trocar com agiotas.
Rodrigo, que foi arrolado como testemunha de defesa de Olarte, não compareceu e nem apresentou justificativa para sua ausência na audiência de hoje. A próxima audiência está programada para o dia 22 de janeiro às 9 horas. Também vai prestar depoimento neste mesmo dia, a vice-governadora Rose Modestos.
Segundo o promotor Marcos Alex Veras, o depoimento do ex-secretário é importante porque ele foi apontado por mais de uma testemunha (Jeferson Ferreira e Salém Pereira Vieira) como encarregado pelo prefeito de afastado de negociar com os credores e acalmar os donos dos cheques que estavam sob pressão dos agiotas.
Jeferson Ferreira, por exemplo, ex-comissionado e namorado de Marly Débora Pereira (ex-secretária de Olarte), disse que o ex-secretário proporcionou os meios (especialmente financeiro) para a fuga de Ronan Feitosa, que atuou como captador dos cheques, além de ter feito a negociação com os cheques para levantar aproximadamente R$ 800 mil, supostamente destinado a custear despesas pessoais do prefeito afastado.
O promotor Marcos Alex avaliou como positiva esta audiência de instrução e julgamento para reforçar tese sustentada pelo Minsitério Público, de que Ronan Feitosa agiu por orientação e a mando do prefeito afastado Gilmar Olarte, que teria prometido cargos e vantagens caso viesse assumir a administração municipal.
No período tarde, foram ouvidas sete testemunhas de acusação. O último depoimento terminou por volta das 20 horas. Foi o do tenente Paulo Sérgio de Oliveira, analista de informações do GAECO. Segundo ele, as ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial estão reunidas em 5 DVDS, com 4 gigas de memória. O policial está convencido de que por traz da captação de recursos com agiota (com o uso de cheques de terceiros) teve a orientação e comando de Olarte.