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Política

Gaeco analisa celulares de vereadores que temem por conversas gravadas

Paulo Yafusso | 30/08/2015 10:45

A perícia a ser feita nos celulares apreendidos durante a Operação Coffee Break, realizada no último dia 25 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deverá trazer informações importantes para as investigações. Mas antes mesmo do trabalho começar a ser feito, muitos políticos levados para prestar depoimento no Gaeco demonstram preocupação com o conteúdo contido nos aparelhos.

A declaração do ex-vereador Alceu Bueno (sem partido) ao deixar o Gaeco, de que havia recuperado o celular atiçou a curiosidade e preocupação de alguns vereadores com quem ele havia se comunicado via aplicativo whatsaap. Numa das mensagens trocadas com um vereador, Bueno teria feito referência ao “não cumprimento de acordo”, e se mostra irritado com isso. O Campo Grande News conversou novamente com o ex-vereador. Ele voltou atrás e disse que não pegou o aparelho de volta.

Sobre o não cumprimento de acordo, Alceu Bueno afirmou que não estava se referindo aos acertos para a cassação do então prefeito Alcides Bernal. “Era assunto particular”, afirmou.

Ele voltou a negar a compra de vereadores para a cassação de Bernal. Segundo o ex-vereador, muitos colegas estão bravos porque na última hora decidiu não votar pela cassação. “Eu estava passando por isso também, por um processo de cassação, então eu não era a favor de tirar ninguém”.

Bueno disse que ele estava entre os 10 que supostamente estariam prontos para “salvar” Alcides Bernal. Ele garante que não fez parte do esquema para derrubar o prefeito, “tanto que não tinha nada no Governo”, ao se referir a ocupação de cargos na Prefeitura. Segundo as investigações, na negociação para tirar Alcides Bernal da Prefeitura, Gilmar Olarte se comprometeu a nomear indicados pelos vereadores.

Histórico - O ex-vereador Alceu Bueno renunciou ao cargo em 24 de abril deste ano, alegando “nível de estresse elevado” e problemas pessoais. Na época, havia sido acusado de participação em esquema de exploração sexual de adolescentes, e responde processo por isso.

 

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