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Política

Juíza nega prisão, mas bloqueia bens por desvio em obra de rodovia

Edivaldo Bitencourt | 04/12/2015 15:47
Edson Giroto está com bens bloqueados pela Justiça (Foto: Gerson Walber/Arquivo)
Edson Giroto está com bens bloqueados pela Justiça (Foto: Gerson Walber/Arquivo)

A Força Tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) ingressou com nova denúncia por desvio na obra de reestruturação da MS-184, a Estrada Parque, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. No entanto, a juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, negou a nova prisão, mas determinou o bloqueio dos bens dos envolvidos no desvio.

O processo tramita em segredo de Justiça e os detalhes não foram divulgados. O Campo Grande News apurou que foram bloqueados os bens do ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto, da ex-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Maria Wilma Casanova, de engenheiros, empresários e funcionários públicos.

Esta é a terceira denúncia feita à Justiça pela Força Tarefa do MPE que apura as denúncias apontadas na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal.

Segundo auditoria feita pela Secretaria Estadual de Infraestrutura, houve desvio de R$ 6,2 milhões na reestruturação da MS-184. Inicialmente, a Provias faria a obra de cascalhamento em 35,2 quilômetros. No entanto, a empresa só executou R$ 1,5 milhão, mas recebeu R$ 7,8 milhões.

O dono da empresa, Fernando Carmonessi, e o diretor, Paulo Brum, prestaram depoimento aos promotores da Força Tarefa no inquérito que apura desvio na MS-171. Neste caso, segundo divulgou-se na época, eles prestaram depoimentos na condição de testemunha.

Estima-se que o montante bloqueado pela Justiça seja de R$ 6,2 milhões, que é o valor desviado na obra da MS-184.
O Campo Grande News apurou que houve outra denúncia no caso, que foi distribuído para o juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho. A informação é de que a denúncia foi feita também pela Força Tarefa do MPE.

O escândalo – Segundo auditoria do Governo do Estado, foram desviados R$ 11,8 milhões em três obras de rodovias. Em dois casos, da MS-228 e da MS-171, houve decretação de prisão temporária.

A primeira denúncia foi feita à Justiça no início do mês. O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, decretou a prisão temporária de Giroto, João Amorim e mais oito no dia 10 de novembro deste ano. Eles ficaram detidos até o sábado seguinte.

Na sexta-feira, o juiz acatou o segundo pedido do MPE e decretou nova prisão temporária pelos desvios na MS-171. No entanto, dos 10 atingidos pela nova decisão foram liberados no sábado porque o desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte concedeu habeascorpus e liberou o grupo.

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