Lauro Davi deixa presidência do IMPCG e diz discordar de nomeações
Marquinhos Trad teria levado de volta servidora alvo de apuração sobre rombo de R$ 134 milhões contra a vontade do presidente
O ex-presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) e ex-deputado estadual Lauro Davi (Pros) agora também é ex-presidente do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). Ele pediu demissão no fim da manhã desta quinta-feira (17) e foi exonerado a pedido em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) publicada na tarde de hoje.
“Não concordei com as mudanças que ocorreram no pessoal, retornaram pessoas que estavam lá quando toda aquela crise aconteceu [rombo nas contas do instituto]. Então, para não criar atrito político, eu decidi sair”, afirmou Davi, sem revelar os nomes dos servidores que foram nomeados ou substituídos.
Contudo, Davi pediu para sair dez dias depois que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) nomeou Elza Pereira da Silva, que foi presidente do instituto durante o mandato de Gilmar Olarte e, portanto, é um dos alvos da investigação sobre o rombo de R$ 134 milhões na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do IMPCG da Câmara Municipal.
Ela também é investigada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por nepotismo. O inquérito da 29ª Promotoria de Justiça, aberto em outubro do ano passado, apura a nomeação de uma sobrinha dela para função comissionada no órgão e também na nomeação de profissionais exonerados por má conduta, além de acumulação indevida de funções.
Elza foi nomeada para ocupar cargo em comissão de Assessor-Executivo II, Símbolo DCA-3, no dia 9 de agosto, conforme publicado também em edição extra do Diogrande.
A reportagem tentou contato com o prefeito Marquinhos Trad por telefone, mas ele não atender às ligações.