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Política

Líderes da "renúncia coletiva" na OAB-MS se abstêm de lançar chapa

Josemil Arruda | 14/05/2014 17:41
Carlos Marques disse que será feita uma campanha pela ética na OAB (Foto: arquivo)
Carlos Marques disse que será feita uma campanha pela ética na OAB (Foto: arquivo)

O grupo que comandou a “renúncia coletiva” na seccional sul-mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) se reuniu na noite de ontem e tomou a decisão oficial de não participar da eleição suplementar marcada para o dia 16 de junho. Foi a renúncia de integrantes desse grupo aos 56 cargos que ocupava na entidade, inclusive quatro dos cinco da Diretoria, que levou o Conselho Federal a convocar o pleito. O prazo de inscrição de chapas termina na sexta-feira (16).

“Não vamos participar das eleição porque entendemos que são ilegais. Se renunciamos aos cargos na entidade, não tem sentido disputarmos a eleição para ficarmos sob a batuta do Júlio Cesar”, argumentou o advogado Carlos Marques, ex-presidente da OAB-MS e um dos líderes do maior grupo oposicionista.

Apesar de não participar da eleição, o grupo decidiu lançar uma campanha pela ética na OAB. “Vamos fazer uma campanha pela ética contra a decisão do Conselho Federal, que convocou eleição parcial, e em relação ao Júlio. A postura dele é antiética, mas foi respaldada pelo Conselho”, afirmou Marques. “Se faz impeachment de presidente da Republica e não consegue tirar um presidente da OAB que celebra contrato imoral”, lamentou.

Indagado se seu grupo vai fazer campanha pelo voto branco ou nulo, Carlos Marques respondeu que não, mas revelou que tem ouvida muitos advogados dizerem que vão se abster de votar na eleição da OAB-MS. “Muita gente está se manifestando por não ir votar”, disse. Questionado se nesse caso não há imposição de multa, admitiu que sim, mas que há possibilidade de apresentação de justificativa. “Eu pessoalmente não vou votar, não reconheço como legítima essa eleição, mas não vou fazer campanha pela abstenção”, avisou.

Na última segunda-feira, esse mesmo grupo ingressou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) contra a decisão da Justiça Federal de Campo Grande que rejeitou a ação que pede a suspensão liminar da eleição e afastamento imediata de Júlio César Souza Rodrigues da presidência da OAB-MS.

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