MDB vai reeleger diretório e dá cursos para ter chapa com 58 nomes à Câmara
Partido fará eleição municipal no dia 28 e, de olho na disputa de 2020, oferece cursos a possíveis candidatos e busca filiados
Reverter a perda de espaço nas últimas eleições em Campo Grande e Mato Grosso do Sul, lançar o máximo de candidatos possível na Capital e, ainda, trabalhar com a certeza de que suas principais lideranças descartam concorrer ao Executivo municipal. Estes são os desafios que pautam o Diretório Municipal do MDB que, em 28 de setembro, deve reconduzir sua direção e dar encaminhamento as tratativas para 2020. Detalhes destes e de outros projetos entraram em pauta em reunião do partido na noite desta quarta-feira (18).
A convenção municipal acontecerá na sede do partido, na Avenida Mato Grosso. O presidente municipal, Ulisses Duarte, conta com apoio de lideranças para continuar à frente do partido e conduzir o processo eletivo do ano que vem. Ele já trabalha com duas certezas: o MDB terá um nome para concorrer à Prefeitura da Capital e este não deve ser André Puccinelli.
O ex-governador e atual presidente regional se antecipa em afirmar que seu foco está na eleição seguinte –para o governo do Estado e Congresso Nacional. “Hoje devemos discutir a eleição do Diretório Municipal e esperamos falar de 2020. Eu vou para 2022”, afirmou.
Além desses pontos, potenciais candidatos a vereador do partido foram convidados para palestra sobre oratória, a fim de começarem a se preparar para a possível campanha. Em paralelo, o partido analisa lideranças, inclusive em outros partidos, a fim de confirmar novas filiações de prováveis concorrentes ao Legislativo.
Teto – O MDB trabalha com a perspectiva de lançar 58 candidatos a vereador, limite máximo se considerando o total de vagas na Câmara Municipal. Destes, 18 serão mulheres, a fim de se atender a cota de 30% estabelecida pela Justiça Eleitoral a fim de manter a chapa válida. Em 2020, pela primeira vez, estão proibidas coligações para a eleição proporcional.
Para estes, o partido ainda definirá o candidato a prefeito e potencial puxador de votos. “O MDB não pode se omitir nessa parte”, afirmou Wilson Sami, vereador e dirigente municipal, ao lembrar que o partido já teria dois nomes –Puccinelli e a senadora Simone Tebet, mas ambos descartam disputar o Executivo da Capital.
A solução foi recorrer a uma velha fórmula do partido, com a realização de pesquisas quantitativas e qualitativas em torno de nomes como Simone, o ex-senador Waldemir Moka e o deputado estadual Márcio Fernandes. O vereador Loester Nunes também colocou seu nome à disposição. “Pré-candidatos temos vários, mas essa questão vai ser tratada internamente até chegar ao nome que vai representar o partido”, pontuou Ulisses Duarte.
Sami e Ulisses são categóricos ao afirmarem que o MDB não deixará de disputar a prefeitura. “Se tivéssemos candiado a prefeito em 2016, não temos dúvidas que teríamos feito quatro ou mais vereadores”, considerou o vereador. O partido elegeu três vereadores, mas Paulo Siufi deixou a Câmara para assumir mandato de deputado estadual –ele não se reelegeu em 2018.
A tese é compartilhada também por Márcio Fernandes. “A decisão da candidatura já é unânime, é fato, fechamos questão. Agora, quem vai ser é uma discussão que começa agora”, afirmou. “Com a experiência de, em Campo Grande, não disputarmos a eleição majoritária, saímos de 8 vereadores para 2 eleitos em 2016. Por isso a candidatura própria a prefeito vai existir”.