ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 28º

Política

Metade da bancada federal de Mato Grosso do Sul rejeitou 'distritão'

Dos oito deputados federais, quatro preferiram manter sistema de votação atual

Mayara Bueno | 20/09/2017 09:49
Câmara dos Deputados. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Câmara dos Deputados. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Metade da bancada federal de Mato Grosso do Sul votou a favor da proposta que alteraria o sistema eleitoral do País, enquanto o restante se posicionou de forma contrária. Na terça-feira, dia 19, a Câmara dos Deputados analisou a proposta no que se referia ao chamado 'distritão', medida que foi rejeitada por 238 parlamentares.

O posicionamento dos oito deputados federais de MS seguiu o que eles já tinham afirmado ao Campo Grande News. Do grupo dos favoráveis, estão: Elizeu Dionísio; Geraldo Resende; ambos do PSDB, Carlos Marun (PMDB) e Tereza Cristina (PSB).

Os contrários foram Luiz Henrique Mandetta (DEM); Zeca do PT; Vander Loubet (PT); Dagoberto Nogueira (PDT). A proposta rejeitada ontem tratava do chamado 'distritão', um modelo de transição nas eleições de 2018 e 2020 e o sistema distrital misto a partir de 2022. Atualmente, o sistema em vigor é o chamado proporcional.

Neste caso, para um deputado ser eleito, é preciso fazer um cálculo entre o número de votos que ele recebeu e o coeficiente eleitoral atingido por seu partido ou coligação.

Se o 'distritão' passasse, a escolha de deputados federais, estaduais e vereadores nas duas próximas eleições se tornaria majoritário e seriam eleitos os candidatos mais votados em cada estado.

No modelo distrital misto, o eleitor teria de votar duas vezes, uma nos candidatos e a outra vez em candidatos de uma lista apresentada pelos partidos.

O que falam os deputados - Para Zeca do PT, o 'distritão' "não serve" para o País, pois o modelo acaba com os partidos políticos. Por outro lado, o parlamentar afirma que o melhor será o fim das coligações, limitando o número de vagas dos partidos.

Também contrário, o deputado Dagoberto Nogueira, o sistema proposto, se aprovado, prejudicaria partidos menores e ainda poderia cometer algumas injustiças "na questão ideológica. "Assume o risco de eleger muito tiririca, jogador de futebol e dono de igreja", disse.

A reportagem não conseguiu falar com os deputados Vander Loubet, Luiz Henrique Mandetta, ambos votaram contra, e Tereza Cristina, que votou sim.

"Foi o encaminhamento de quem pensa de forma divergente", disse o deputado Elizeu Dionísio (PSDB), que votou a favor. Carlos Marun também se posicionou favorável ao 'distritão'.

Geraldo Resende, do PSDB, acredita que o 'distritão' seria "o mais justo" e a aprovação do sistema seria caminho para o modelo misto. "Infelizmente nós vamos conviver nesse cenário totalmente conturbado".

Nos siga no Google Notícias