Moro troca de partido e desiste de candidatura à Presidência da República

O ex-juiz federal Sérgio Moro, estrela da Operação Lava Jato, desistiu da pré-candidatura à Presidência da República, conforme ele mesmo anunciou em suas redes sociais. “Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, sustentou em nota no Twitter.

Ele deixou o Podemos, partido pelo qual disputaria a presidência, para ingressar no União Brasil, formado recentemente pelos antigos PSL e DEM. Especula-se que o ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) candidate-se a uma vaga no Legislativo federal.

No mesmo comunicado, ele informou a saída do Podemos. “O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido.”

Moro continua afirmando que a medida visa “facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única” e finaliza informando que sua retirada do antigo partido já foi informada à direção do Podemos.

Doria - Outra desistência cogitada desde ontem é do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Porém, hoje, a imprensa paulista garante que ele voltou atrás e manteve decisão de se candidatar à Presidência da República, o que pode ser anunciado ainda nesta quinta-feira.

Com a saída de Moro da disputa, outras candidaturas alternativas se fortalecem aos nomes de Bolsonaro e Lula, como da sul-mato-grossense Simone Tebet, ainda pré-candidata pelo MDB.

O grupo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), espera a decisão de João Doria. Na avaliação dele, depois de Moro, se Doria sair, abre-se a possibilidade de construção de uma união de até seis partidos na disputa presidencial em torno de uma chapa formada pelo gaúcho e por Simone Tebet.