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Política

MP é contra indicar ex-filiado do Podemos como suplente de vereadora

Parecer de procurador eleitoral rejeita colocar Silvio Mori na linha de sucessão de Cida Amaral, alvo de pedido de perda de mandato ao se filiar ao Pros

Humberto Marques | 24/08/2018 18:07

Parecer do procurador regional eleitoral Marcos Nassar rejeitou pedido de Silvio Mori (PHS) para que seja mantido como suplente da vereadora Cida Amaral (Pros), de Campo Grande, alvo de processo para perda de mandato na Justiça Eleitoral. Ambos deixaram o Podemos, partido que move ação para garantir a retomada do mandato da parlamentar.

Cida deixou o Podemos em abril deste ano e se filiou ao Pros, alegando “grave discriminação” no antigo partido pelo fato de ser mulher e de não ser chamada para reuniões importantes –bem como mudança programática no Podemos, que antes se chamava PTN, acusando a direção regional de promover gestão “temerária e fraudulenta”.

A direção do Pode, porém, negou as acusações e apontou que a desfiliação ocorreu sem justificativa, pedindo assim a tomada do mandato. Nassar já havia se manifestado favoravelmente ao Podemos, apontando provas que confirmam a participação de Cida na direção da agremiação e falta de sustentação a alegações como perseguição. Além disso, a mudança de nome ocorrera em novembro de 2016 –bem antes de sua desfiliação– e sem grandes alterações na linha do partido.

Em meio ao impasse, Mori, que também havia se desfiliado do Podemos (ele ingressou no PHS, onde é candidato a deputado estadual), pediu para ingressar no processo como terceiro interessado, já que havia se qualificado como suplente do partido nas eleições de 2016. Ele alegara, entre outros pontos, similaridade com a situação de Fábio Trad (PSD), que assumiu como suplente de deputado federal mesmo depois de trocar o MDB, partido pelo qual disputou as eleições de 2014

O procurador reforçou em parecer que o próprio Mori admitiu ter deixado o partido, e que, caso fosse alçado à condição de herdeiro do mandato de Cida, causaria prejuízo a ambas as partes da ação, já que "o Podemos, apesar de obter a tutela jurisdicional, continuaria sem representação no Legislativo", enquanto Cida Amaral veria Mori, que como ela deixou o partido, assumir o mandato.

O caso aguarda julgamento da Justiça Eleitoral. Em caso de procedência do pedido do Podemos, o mandato seria destinado ao segundo suplente, Wilson Xororó. A direção do Podemos informou que o indicado está em condições de assumir a vaga na Câmara da Capital.

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