No Aquário, má gestão e desvio de pelo menos R$ 2 milhões, revela PF
Recursos teriam sido pagos, mas não aplicados nas obras, indicando sobrepreço e superfaturamento.
A PF (Polícia Federal) diz que está comprovada a “má gestão” da obra no Aquário do Pantanal. Segundo informações divulgadas em coletiva na manhã desta quinta-feira (11), a construção estava orçada inicialmente em R$ 84 milhões, mas acabou superfaturada com itens que não estavam previstos no projeto original.
Prejuízo chegaria a R$ 2 milhões é apontado como certo pela PF. Este dinheiro foi pago por serviços não executados, conforme a investigação.
Um dos fatores que contribuiu para a má gestão da obra, segundo a PF, seria a assinatura de “contratos acessórios” sem a realização de licitação para acrescentar elementos que não estavam previstos inicialmente. Foram pelo menos 30 termos aditivos.
Do total da obra do Aquário, cerca de 65% são de itens não licitados, sem concorrência, com pagamento de itens que não constavam no projeto original. O que configura prova da “má gestão” na construção e prejuízo de pelo menos R$ 2 milhões aos cofres públicos, cujo destino do recurso não foi identificado.
Os recursos teriam sido pagos, mas não aplicados nas obras, indicando sobrepreço e superfaturamento. Com os contratos acessórios e termos aditivos, a construção já consumiu R$ 230 milhões.
Atualmente, o Governo do Estado busca alternativas para concluir a obra, como reduzir os custos finais do projeto, deixando algumas partes para depois, como laboratórios e estudos científicos.
Lama Asfáltica – As informações estão sendo divulgadas pela Polícia Federal em coletiva que acontece neste momento na superintendência do órgão em Campo Grande.
Os dados foram levantados durante investigação da Operação Lama Asfáltica, cuja quarta fase foi deflagrada na manhã desta quinta. Agentes estiverem um pouco antes das 6 horas na casa do ex-governador André Puccinelli (PMDB). De lá, ele foi levado para depor na sede da PF e depois seguiu para o Patronato Penitenciário, onde colocou a tornozeleira eletrônico, medida utilizada como alternativa à prisão.
No interior, a ação também está sendo realizada em Nioaque e Porto Murtinho, além de ter desdobramentos em São Paulo e Curitiba. Na Capital, o ex-governador André Pucinelli; o filho dele, André Pucinelli Junior; o dono da gráfica alvorada, Mirched Jafar Júnior e sua esposa Rosana e o ex-secretário adjunto de Fazenda André Cance foram levados à sede da PF (Polícia Federal) para prestarem depoimentos.
O ex-secretário e dono da gráfica foram presos hoje por conta da operação. A terceira prisão ainda não foi anunciada. Os detalhes continuam sendo repassados na coletiva de imprensa, que ocorre na sede da Polícia Federal.