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Política

Olarte enfrentou déficit e obras paradas, mas teve avanços na saúde

Kleber Clajus e Edivaldo Bitencourt | 13/03/2015 10:17
Operários trabalham na pavimentação de rua no Bairro Mata do Jacinto (Foto: Marcos Ermínio)
Operários trabalham na pavimentação de rua no Bairro Mata do Jacinto (Foto: Marcos Ermínio)
Avanços ocorreram, mas vereadores pedem ajustes em secretariado (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)
Avanços ocorreram, mas vereadores pedem ajustes em secretariado (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)

Gilmar Olarte (PP) completa, nesta sexta-feira (13), um ano no comando da Prefeitura Municipal de Campo Grande. No período obras foram retomadas, porém vereadores avaliam que para “deslanchar” o progressista precisa conceder mais autonomia à equipe.

Ao assumir o cargo, após a cassação de Alcides Bernal (PP), Olarte se comprometeu a destravar obras, mas esbarrou em déficit financeiro de R$ 300 milhões, queda de arrecadação e necessidade de reajuste salarial de servidores. “Estamos equacionando as finanças, cortando despesas para até o final do ano estar redondo e tocar obras com recursos federais”.

Mesmo diante das dificuldades, Ceinfs (Centros de Educação Infantil) foram inaugurados em agosto nos bairros Residencial Betaville, Santa Emília, Vida Nova III e Vila Moreninha IV, além de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) no Paulo Coelho Machado e Vila Fernanda. Obras de pavimentação e drenagem também começaram a sair do papel, com recurso do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2, nas regiões do Alto São Francisco, Seminário, Mata do Jacinto, Atlântico Sul, Bellinate e Panorama.

Na saúde, a criação do Cempe (Centro Municipal Pediátrico) possibilitou centralizar o atendimento pediátrico 24 horas na Avenida Afonso Pena e Olarte prevê que “até setembro todas as unidades 24 horas sejam totalmente reformadas e revitalizadas”.

Em contrapartida, no campo político os vereadores ainda cobram do progressista que conceda mais autonomia a sua equipe.

O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), entende que a existência de “supersecretários” prejudica o planejamento das ações, uma vez que ficam sobrecarregados. Nesse sentido, recomenda que Olarte fortaleça vínculo com vereadores e lideranças comunitárias para evitar projetos unilaterais e “mostrar o que pode cumprir”.

Paulo Pedra (PDT) entende ainda ser possível “repactuar e chamar partidos para não chegar ao final com administração melancólica”. Já Chiquinho Telles (PSD) relembra que, diferente do antecessor, o prefeito abriu diálogo, porém “precisa acertar alguns pontos no secretariado para deslanchar, como na SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social)”.

A esperança de Vanderlei Cabeludo (PMDB), no entanto, é de que o resultado do trabalho já desenvolvido comece a aparecer nos próximos dois meses.

Na lista se incluem obras paradas ou em processo lento de execução como é caso das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) nos bairros Santa Mônica, Leblon e Moreninha – que aguarda equipamentos –, bem como do Anel Viário, Porto Seco e do PAC do Bálsamo.

No entanto, a segunda etapa da Orla Morena deve ser concluída neste ano. A Prefeitura rescindiu com a empreteira e lançou um novo edital. A empresa foi contratada para concluir a obra por R$ 2,2 milhões.

Neste ano, a Prefeitura ainda precisa economizar para equilibrar as finanças, segundo balanço apresentado pelo secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, André Scaff.

Olarte promete tirar do papel outras obras emblemáticas, como a implantação dos corredores do transporte coletivo e a modernização dos semáforos, que terão investimentos de R$ 181 milhões do Governo federal.

Uma obra iniciada e concluída na atual gestão foi o recapeamento da Avenida Guaicurus, que tem uma extensão de 10 quilômetros. No entanto, o único problema da via é a implantação de ciclovias, que fracassou, pela segunda vez, nesta semana. Não houve nenhuma empresa interessada no certame.

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