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Política

Pecuarista de MS amigo de Lula é citado em esquema do Petrolão

Priscilla Peres | 25/01/2015 19:47
Amigo pessoal de Lula, Bumlai tinha acesso livre á presidência da República.(Foto: Cristiano Mariz/VEJA)
Amigo pessoal de Lula, Bumlai tinha acesso livre á presidência da República.(Foto: Cristiano Mariz/VEJA)

O pecuarista e empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, influente e amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi citado como peça-chave do esquema de corrupção na Petrobras, o chamado Petrolão. Bumlai tinha acesso livre ao gabinete da presidência e há indícios de envolvimento com empresas investigadas.

Reportagem publicada hoje pela Revista Veja relembra a história de amizade entre Lula e Bumlai e afirma que há fortes indícios de envolvimento do empresário no esquema de corrupção da estatal, investigado pela Operação Lava-Jato. Bumlai ainda é acusado de ter tido privilégios dentro do governo federal e beneficiar empresas.

Ainda de acordo com a Veja, desde 2005 Bumlai tinha delegação para tratar de assuntos que envolvessem a Petrobras, como fazer contratações e nomeações. Empresários descontentes com privilégios concedidos a poucas empresas começaram a reclamar, entre elas a UTC, uma empreiteira pouco conhecida e que passou a assinar contratos milionários com a estatal.

Com o tempo, a UTC também apareceu como doadora de campanhas, principalmente do PT. Empresários da Construção Civil, segundo reportagem, apontavam Bumlai como responsável pelas “mordomias” que a UTC tinha com a Petrobras. Hoje, a construtora é peça importante Operação Lava-Jato.

A Veja ainda afirma que “Bumlai, o amigo íntimo do ex-presidente que tinha entrada livre ao Palácio do Planalto, está envolvido até o pescoço no escândalo de corrupção montado na Petrobras durante o governo petista”.

Passado complicado – O grande empresário de MS, além de influente também figura entre esquemas de corrupção. Em 2010, foi citado no esquema de corrupção e mensalinho da prefeitura de Campinas.

No ano passado, O empresário Marcos Valério, condenado pelo mensalão do PT, acusou o pecuarista sul-mato-grossense, José Carlos Bumlai, de usar a Petrobras para pagar R$ 6 milhões a um empresário e evitar a divulgação de denúncias em 2003.

Em entrevista ao Campo Grande News na época, Bumlai negou as acusações. “Estou surpreso e assustado”, comentou. “Não conheço Luiz Aquino, não conheço Ítalo Barione e não tenho relação com a prefeitura de Campinas”, garantiu. “Alguém faz um telefone, cita seu nome e fico envolvido. Não está certo isto”, completou o empresário, que disse não lembrar qual foi a última vez que esteve em Campinas e que sua defesa adota as providências cabíveis em relação ao assunto.

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