Petistas descartam nova debandada e traçam metas para as eleições
Deputados do partido reforçam que saída de Alex Melo foi um caso isolado e apostam em crescimento do PT nas urnas neste ano
A saída de Alex Melo do PT, anunciada pelo próprio ex-vereador e ex-candidato a prefeito de Campo Grande, não representa uma nova debandada do partido. A avaliação é do deputado estadual petista Amarildo Cruz, segundo quem o partido passa por um processo de fortalecimento tanto no Estado como nacionalmente –que, espera ele, represente melhores resultados nas urnas do que na comparação com 2016.
Antes conhecido como Alex do PT, o ex-vereador anunciou na terça-feira (6) sua desfiliação, apontando falta de espaço para a discussão de ideias na legenda. Candidato a prefeito da Capital pelo PT em 2016, Alex Melo deixou a agremiação após 32 anos de militância, meses depois de uma debandada que culminou na saída de cerca de 400 filiados, incluindo lideranças. Segundo Alex, sua decisão teve cunho pessoal e não teve ligação com o movimento anterior.
“Entendo [a desfiliação] como um equívoco dele, pois o partido precisa se fortalecer mais, e não perder membros”, disse Amarildo, negando uma nova saída em massa de filiados.
“Foi um caso particular, que nos entristece. Mas é um caso particular, já que o PT conseguiu filiar cerca de 600 pessoas no fim do ano”, emendou, destacando que a posição é compartilhada na bancada petista, formada por quatro deputados. Cabo Almi concordou. “Entendo que a saída do Alex envolve motivos pessoais, não se trata de novo enfraquecimento do PT. Não haverá debandada de vereadores, deputados ou lideranças”.
Em setembro do ano passado, após a eleição do deputado federal e ex-governador Zeca do PT para o comando da legenda, quase 400 petistas anunciaram desfiliação. O movimento teve entre seus puxadores o ex-presidente regional do partido, Antônio Carlos Biffi. Entre os argumentos apresentados pelo grupo estava a falta de diálogo com a nova gestão.
Metas – O PT, conforme Amarildo, prepara-se para neste ano lançar o deputado federal e ex-governador Zeca do PT ao Senado, além de defender o nome de Humberto Amaducci ao governo do Estado.
Nacionalmente, conforme o deputado, mesmo depois das denúncias e da condenação do ex-presidente Lula, o deputado considera que “o PT vai se recuperar e ter melhores resultados do que em 2016”.
Almi concordou com as alegações. Segundo ele, a meta do partido na Assembleia é de, pelo menos, manter as quatro vagas conquistadas nas eleições de 2014 “ou ampliar”.