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Política

PMDB alega "respeito" a Puccinelli e adia convenção para dezembro

Decisão foi tomada nesta quinta-feira, após integrantes da cúpula do partido conversarem com o ex-governador na casa dele.

Marta Ferreira e Kleber Clajus | 16/11/2017 14:45
O presidente do partido, Junior Mochi, após reunião que decidiu pelo adiamento da convenção. (Foto: Paulo Francis)
O presidente do partido, Junior Mochi, após reunião que decidiu pelo adiamento da convenção. (Foto: Paulo Francis)

A definição sobre o futuro do PMDB nas eleições de 2018 ficou para dezembro. A cúpula do partido decidiu nesta tarde adiar para o próximo dia 2 a convenção que estava marcada para o sábado, como reflexo da prisão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), durante a quinta fase da Operação Lama Asfáltica. A afirmação das lideranças peemedebistas ocorreu após reunião convocada de última hora, depois da prisão de Puccinelli.

Aos jornalistas, o presidente estadual do partido, Junior Mochi, disse que o adiamento da convenção foi em “respeito” a Puccinelli e a família. "Resolvemos transferir a convenção para o próximo dia 2, embora o André tenha dado carta branca qualquer que fosse a decisão da executiva. Entendemos que deveríamos transferi-la em respeito a ele e a todos esses acontecimentos que houveram e a própria família."

O ex-governador era o principal nome da legenda para disputar a eleição ao Governo em 2018 e a expectativa é que ele assumisse no próximo sábado o comando da legenda e depois, em dezembro, anunciasse se seria ou não candidato. A convenção antes marcada para este sábado já havia sido adiada uma vez. Estava prevista inicialmente para 3 de novembro.

Depois de um período em que a família era um entrave, a definição de Puccinelli depende, mais, da situação jurídica dele. Com a nova fase da operação Lama Asfáltica, que fez novas acusações contra o político, a situação mudou e a indefinição aumenta.


Legalmente, Puccinelli só não pode ser candidato se tiver condenação em segundo grau. Hoje, segundo ele mesmo tem reforçado quando fala do assunto, ele figura na condição de investigado, sem condenações por corrupção ou algo do tipo.

O adiamento da convenção foi informado depois que uma comissão de lideranças foi ao apartamento do ex-governador e conversou com ele. O grupo era formado pelos senadores Simone Tebet e Waldemir Moka, pelo deputado federal Carlos Marun, pelo atual presidente do partido, deputado estadual Junior Mochi, além da ex-vereadora Carla Stephanini e do ex-vererador Vanderlei Silva Matos

Na saída, Puccinelli falou brevemente com os jornalistas, ao acompanhar o grupo, e disse que deixou a cargo da executiva a decisão.

Sobre ser candidato, usou uma frase sucinta e que não deixa claro seu posicionamento. “Se fosse a candidatura, ela não estaria mantida, porque eu havia dito que eu não queria ser (candidato)”.  Depois, diante da insistência dos jornalistas, o governador afirma que só quando houver a definição do comando do partido decidirá sobre ser candidato ou não.

 

Puccinelli acompanhou colegas de partido até a porta do prédio. (Foto: Marcos Ermínio)
Puccinelli acompanhou colegas de partido até a porta do prédio. (Foto: Marcos Ermínio)
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