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Política

Prazo termina e só duas chapas vão disputar a eleição da OAB-MS

Josemil Arruda | 16/05/2014 18:30
Primeiro a inscrever chapa na OAB-MS, Bastos exibe protocolo (Foto: Marcelo Victor)
Primeiro a inscrever chapa na OAB-MS, Bastos exibe protocolo (Foto: Marcelo Victor)
Mansour ao lado de sua chapa que irá concorrer a eleição suplementar marcada para o dia 16 de junho. (Foto: Divulgação)
Mansour ao lado de sua chapa que irá concorrer a eleição suplementar marcada para o dia 16 de junho. (Foto: Divulgação)

Terminou há pouco, às 18 horas, o prazo para registro de chapas para disputar a eleição suplementar da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) para o preenchimento de 56 cargos vagos, inclusive quatro dos cinco da Diretoria. Apenas duas se inscreveram, uma liderada por Alexandre Bastos, e outra por Mansour Karmouche, que integra o grupo dos irmãos Lázaro Júnior e Aloísio Borges. Ambas se declaram de oposição, embora oposicionistas considerem que a segunda tem ligação com o atual presidente da entidade, Júlio Cesar Souza Rodrigues.

A primeira chapa a se inscrever foi a liderada por Alexandre Bastos, que a encabeça como candidato a vice-presidente, foi inscrita por volta de 15 horas. Já a inscrição da chapa organizada pelos irmãos Lázaro Júnior e Aloísio Borges, aconteceu quase no final do prazo, 17h42. Nesta segunda, Mansour é o vice-presidente e Lázaro o secretário-geral.

Havia expectativa de que uma chapa ligada diretamente a Júlio Cesar também se inscrevesse, o que acabou não acontecendo. O conselheiro federal pela OAB-MS José Belga Trad disse que o grupo resolveu não disputar a eleição por dois motivos: “Decidimos não lançar, em primeiro lugar porque já estamos ocupando cargos no conselho. O segundo motivo é que defendemos assim que houve renuncia coletiva que a eleição para preencher os cargos vagos deveria se dar de forma indireta por aqueles que eleitos não renunciaram aos cargos. O Conselho Federal decidiu pela eleição parcial e direta, poderíamos impugnar no Judiciário, mas resolvemos acatar”.

A participação do grupo de Júlio Cesar será como eleitor. “Vou ser observador, ver os nomes e fazer a escolha. Espero que os candidatos das chapas sejam mais humanistas do que moralistas”, defendeu José Belga. Indagado se teria preferência por uma das duas chapas, ele garantiu que não. “Com toda sinceridade, não tenho antipatia nem por uma nem por outra”, declarou.

Para o ex-presidente da OAB-MS Carlos Marques, que integra um dos maiores grupos da oposição, o cenário da eleição suplementar revela o isolamento de Júlio Cesar. “O Júlio não deu conta de montar chapa. Olha o prestigio de nosso presidente”, apontou.

Waldimir Rossi Lourenço, de outro forte grupo oposicionista, prevê um “desinteresse geral da classe de advogados” com a eleição suplementar, marcada para o dia 16 de junho. “Ninguém espera mudança em eleição para preencher vagas de renunciantes. Acho que a tendência maior é abstenção”, afirmou o também ex-presidente da OAB-MS.

Questionado se não seria mais lúcido votar nulo ou em branco, já que há risco de multa para quem se abster de votar, Rossi respondeu: “É uma eleição extemporânea. Acredito que vai ter muita abstenção mesmo com risco de multa, até porque ela é questionável embora prevista no edital”.

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