Projeto vai sofrer mudança para atender carreira de técnicos do TCE
Deputado Lídio Lopes vai apresentar uma emenda para modificar a proposta
O projeto enviado pelo TCE (Tribunal de Contas Estadual), que traz adequações no plano de cargos e carreiras, para valorizar a função de auditor de controle externo, sofrerá uma mudança, para também atender aos interesses dos técnicos da instituição. A intenção é evitar impasse entre os servidores, para ser aprovado com tranquilidade na Assembleia.
Um grupo de técnicos do TCE foram até a Assembleia pedir apoio dos deputados, para modificar o projeto, já que com a alteração feita pela instituição, o salário deles deixariam de ter como referência os vencimentos dos auditores, o que poderia gerar perda salarial para categoria no futuro, já que estaria desvinculada da outra função.
Além disto, o presidente do Sinsercon-MS (Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas), Humberto Martins, explicou que a categoria dos técnicos está em extinção no Tribunal, ou seja, quando os últimos 49 (técnicos) aposentarem, a função deixará de existir. "Nos novos concursos já não se tem este cargo".
O deputado Lídio Lopes (PEN), relator do projeto, adiantou que vai apresentar uma emenda, para que a função volte a ficar vinculada aos auditores. "Se estes (auditores) tiverem aumento, o outro também segue junto, entendemos que é algo justo, por isso vamos apresentar a mudança. Já conversamos com a direção do TCE e a situação foi acordada", disse ele.
Já a presidente da Associação dos Auditores de Controle Externo, Telma Yule, explicou que foi feito um estudo para ter esta valorização salarial e da carreira dos auditores, que estavam recebendo bem abaixo da média nacional. "Nos outros estados a média é de R$ 14 mil, aqui o inicial estava em R$ 8,4 mil, com esta mudança, poderemos ter uma revisão nestes valores".
Lídio também ponderou que a intenção do TCE em fazer tais adequações é para valorizar o salários deste cargo (auditores), já que nos último concurso das 30 vagas abertas, eles já chamaram até o número 107, em função das desistências. "Uma boa parte das pessoas que assumiram (cargo), deixaram o local porque passaram em concursos que pagavam melhor".