Casos de “fungo negro” seguem em análise, um mês após suspeitas
As duas amostras para os casos suspeitos de mucormicose seguem análise
No dia 28 de maio, Mato Grosso do Sul registrou a primeira suspeita de mucormicose, infecção conhecida popularmente como "fungo negro". Poucos dias depois outra suspeita do caso foi levantado pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Mato Grosso do Sul). Passado quase um mês, os resultados para os dois casos ainda seguem inconclusivos.
De acordo com a Ses (Secretaria Estadual de Saúde), as duas amostras para os casos suspeitos seguem em análise, onde serão feitos um sequenciamento genômico e exame de antifungigrama para identificar ou descartar os casos de ‘fungo negro’.
Para o primeiro caso detectado em um paciente 71 anos que estava internado e veio a óbito em Campo Grande, há indícios de se tratar de mucormicose. “A primeira análise coletada em 31 de maio no exame direto apresentou hifas sugestivos de Zigomicetos. Durante a cultura foi identificado o gênero do fungo como Rhizopus spp”, informou a secretaria de saúde.
A amostra foi encaminhada para o Instituto Adalfo Lutz em São Paulo para a identificação da espécie do fungo, e identificação completa da amostra.
Na amostra coletada no segundo caso, em um paciente de 50 anos residente de Corumbá, não foram identificadas hifas sugestivos a Zigomicetos, que poderia indicar a mucormicose. Mesmo assim segue em análise.
Doença - A mucormicose, conhecida como “fungo negro” é uma complicação associada à covid-19, que se alastrou na Índia, com 9 mil infectados. A doença necrosa os tecidos da face, atingindo nariz, olhos e podendo chegar ao cérebro. Segundo dados do Hospital das Clínicas de São Paulo, complexas cirurgias são necessárias para salvar o paciente e 50% deles não resistem às complicações.