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Cidades

Cerca de 86% das mortes por covid em MS eram de não vacinados

Governador ressaltou, nesta manhã, que 11 das 12 mortes registradas ontem eram de pacientes sem 1ª dose

Guilherme Correia e Caroline Maldonado | 09/02/2022 11:59
Profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid-19, oferecida a todos os brasileiros por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). (Foto: Marcos Maluf)
Profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid-19, oferecida a todos os brasileiros por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). (Foto: Marcos Maluf)

Levantamento feito pelo Campo Grande News nesta quarta-feira (9), indica que a maioria das mortes por covid-19 em Mato Grosso do Sul são de pacientes que não estavam com, pelo menos, as duas doses da vacina contra a covid-19.

Considerado o total de casos desde o ano passado, quando os imunizantes começaram a ser aplicados, cerca de 85,97% das mortes eram de não vacinados.

A reportagem verificou a data de morte de quase 6,5 mil indivíduos que foram levados pelo coronavírus, entre janeiro de 2021 e 2022, e comparou com o registro de quando receberam o segundo imunizante.

A análise não considera o recebimento da terceira dose, já que o sistema do Ministério da Saúde, o qual foi utilizado como fonte, não contabiliza, até o momento, esta informação.

Desta forma, vale ressaltar que a dose de reforço – que pode ser aplicada em, no mínimo, quatro meses da última imunização – pode reduzir ainda mais este índice. Foram considerados os dados disponíveis pela pasta federal, que foram consolidados até o fim de janeiro.

Nesta manhã, em coletiva, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), lamentou a marca batida ontem da morte de mais de 10 mil pessoas pela doença e repreendeu quem não está com a vacinação em dia. “Isso é irrecuperável. Vida, a gente não recupera mais. Infelizmente, ainda tem pessoas que se negam a vacinar e os números nos assustam.”

O chefe do Executivo mencionou relatório encaminhado a ele pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), com dados atualizados até terça-feira (8), que indicavam que 11 das 12 vítimas registradas em um dia, não tinham recebido nenhuma dose da vacina. “A vacina é prevenção, não obrigo ninguém a tomar e nem vamos obrigar, mas ela protege a vida.”

Somente no boletim epidemiológico divulgado hoje, às 10h30, com dados referentes às últimas 24 horas, foram 26 novas mortes pela doença - cerca de uma a cada 60 minutos.

O índice de vítimas voltou a crescer e é o maior desde meados de agosto de 2021, conforme noticiou o Campo Grande News. Ainda assim, a tendência de mortes não cresceu com a mesma força que o número diário de casos - são mais de 2,5 mil por dia -, o que é visto como consequência da cobertura vacinal.

Atualmente, cerca de 74,4% da população está com o primeiro ciclo vacinal completo - ou seja, recebeu duas doses ou vacina única da Janssen. Há duas semanas, o Campo Grande News solicitou dados, via LAI (Lei de Acesso à Informação), que indicavam que quase 300 mil sul-mato-grossenses estavam sem qualquer dose.

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