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Cidades

Condenado a 20 anos, delegado informa Justiça que vai apelar da sentença

Fernando foi sentenciado pelo assassinato do boliviano Alfredo Rengel, dentro de ambulância em 2019

Lucia Morel e Marta Ferreira | 27/06/2021 10:41
Fernando chega ao Fórum na última quarta-feira, com políciais do GOI (Foto: Marcos Maluf)
Fernando chega ao Fórum na última quarta-feira, com políciais do GOI (Foto: Marcos Maluf)

A defesa do delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Fernando Araújo da Cruz, condenado na última quarta-feira (26) à perda do cargo e prisão de 20 anos e 10 meses por homicídio entrou com pedido de recurso de apelação a fim de tentar reformar a pena.

A petição foi apresentada pelo advogado Irajá Pereira Messias na sexta-feira (25). Ao Campo Grande News, ele declarou que apenas apresentou o pedido para que não haja perda de prazos, mas acabou deixando o caso e não atua mais na defesa do delegado.

Fernando foi condenado pelo assassinato do boliviano Alfredo Rengel, 48 anos, dentro de uma ambulância, em fevereiro de 2019. A defesa alegou, no júri, ausência de provas cabais contra o cliente, elas a de que se tratava da camionete S-10 de Fernando, no momento do assassinato.

O veículo de socorro transportando o boliviano, já ferido, foi bloqueado no meio da estrada para conclusão do crime. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por sua vez, defendeu haver provas cabais e ainda, que foram descobertas ações do investigado, com ajuda de colegas de polícia, um deles também réu no processo, para coagir testemunhas e embaraçar as investigações.

Por exemplo, segundo detalhado, foram feitas mudanças nas características da camionete de Fernando, para alteras aquelas apontadas pela perícia. O veículo nunca foi apresentado, sob pretexto de ter sido "penhorado" pelo réu.

Foram listadas como indícios dos crimes as conversas rastreadas em celulares e em parte delas, o ex-delegado discute com o outro policial sobre como enganar a apuração da Corregedoria da Polícia Civil.

Fernando foi condenado por homicídio duplamente qualificado, coação e fraude no processo. O outro acusado, o agente de polícia Emmanuel Contis Leite, 32 anos, seria julgado no mesmo dia que o delegado, por coação e fraude processual, mas conseguiu desmembrar o processo. A nova data ainda não está definida.

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