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Cidades

Diretor diz que policiais civis envolvidos em propina serão punidos com rigor

Marcelo Vargas diz que é necessário "cortar da própria carne"; 7 PCs são investigados na participação da Máfia do Cigarro

Silvia Frias | 28/05/2020 09:08
Diretor-geral da PC, Marcelo Vargas, diz que é necessário apurar desvios de conduta (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)
Diretor-geral da PC, Marcelo Vargas, diz que é necessário apurar desvios de conduta (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)

O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Marcelo Vargas, disse que as operações que apuram pagamento de propina a policiais é “cortar da própria carne”, mas necessária para apurar desvios de conduta, que serão “apurados com rigor”.

Vargas referiu-se à 4ª fase da Operação Nepsis desencadeada hoje pela PF (Polícia Federal), com apoio da Corregedoria da Polícia Civil de MS que apura a participação de sete policiais – cinco da ativa e dois aposentados – no esquema de quadrilha de contrabandistas da Máfia do Cigarro.

Os mandados de busca e apreensão hoje, segundo Vargas, foram deflagrados para coletar dados nas casas desses policiais civis. A 2ª Vara Federal de Ponta Porã já determinou o afastamento preventivo dos policiais que estão na ativa.

O corregedor-geral da Polícia Civil, Márcio Custódio, disse que ainda não há mandados de prisão expedidos, pois os dados estão sendo compilados. Os detalhes da operação serão divulgados pela PF esta manhã.

Equipe formada por 60 policiais está cumprindo mandados em Amambai, Iguatemi, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã, expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã. Esta 4ª fase foi denominada “Arithmoi”, o que significa “Números” em grego e remete à contabilização de vantagens indevidas encontradas nas listas de pagamento.

A coleta de dados tem objetivo angariar elementos de prova referentes ao pagamento de vantagens indevidas a um núcleo de policiais civis de MS descoberto a partir da identificação de listas de contabilidade contendo registros de pagamento a esses servidores na região do conesul.

 As listas foram encontradas em documentos e celulares apreendidos em posse de membros dos quadrilheiros da Máfia do Cigarro, alvo da 1ª fase da Operação Nepsis, deflagrada em 22 de setembro de 2018.

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