MS chega a 1 milhão de vacinas aplicadas e 11,3% imunizados com duas doses
Considerando total da população, 23,3% receberam ao menos uma dose e 11,3% foram imunizados com duas doses
Mato Grosso do Sul vacinou 28.368 pessoas nesta quarta-feira (19), maior número registrado em um dia, e acumula mais de 1 milhão de aplicações - considerando 1ª e 2ª doses contra a covid - desde 18 de janeiro deste ano.
Em publicação feita pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), o titular da pasta, Geraldo Resende, destacou que os dados refletem os esforços do governo estadual e dos municípios para que a população esteja imunizada. “Continuamos sendo exemplo para o País. A grande quantidade de doses aplicadas reflete o nosso trabalho árduo em vacinar os sul-mato-grossenses”, disse.
Segundo dados levantados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, Mato Grosso do Sul permanece na primeira posição no ranking nacional de vacinação e é superado apenas por São Paulo no quesito de imunizados por uma diferença de 0,1% imunizados a mais.
Ao todo, foram recebidas 1.199.010 doses da vacina contra a covid-19 em 24 remessas feitas desde janeiro, sendo que 683.375 foram aplicadas enquanto 1ª dose e 317.427 como a 2ª aplicação.
Passos lentos - Ainda que cerca de um a cada dez sul-mato-grossenses tenha sido imunizado com as duas doses, que garantem total eficácia prevista por meio de testes contra casos de covid, é quase consenso que a pandemia só será contida quando esse índice superar ao menos 70% - ou seja, sete a cada 10 pessoas.
Vale lembrar que até o momento, seguindo diretrizes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ministério da Saúde, vacinas não são aplicadas em quem tenha menos de 18 anos, e portanto há uma faixa de habitantes que não poderiam entrar no fluxo de imunização.
O Brasil é o 5º país que mais vacinou contra a covid-19, em números absolutos, mas é importante lembrar que se comparado ao total da população, o País está na 59ª posição mundial.
Em entrevista concedida nesta semana ao Campo Grande News, o médico infectologista Rodrigo Nascimento ressaltou que países que começaram a vacinação mais cedo já começam a liberar atividades em geral sem restrições. "Países como os Estados Unidos ou outros lugares estão voltando com público em atividades esportivas, em outros lugares não há necessidade mais de máscaras", exemplificou.
Nascimento explicou que a dificuldade na aquisição de insumos para fabricar vacinas também tem atrasado a campanha de imunização. O Instituto Butantan passou por problemáticas na produção de doses por conta do não recebimento de imunizantes vindos da China no mês passado, fazendo com que muitas pessoas da Capital atrasassem a segunda dose, hoje praticamente toda concluída.
Além disso, foi apurado que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pode ter atraso hoje na produção de Astrazeneca também por falta de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo).
O infectologista também alertou para os perigos de novas variantes mais letais ou infecciosas, que podem fazer surgir uma nova onda da pandemia ainda mais perigosa. "Por isso que uma campanha de vacinação tem que ser em curto espaço de tempo, na maior quantidade de pessoas possível para não dar tempo a essas modificações", disse.
Mato Grosso do Sul apresentou pequena redução de óbitos por covid ao longo das últimas semanas, passando de mais de 50 vítimas para menos de 30. Ainda assim, são muitos registros sendo feitos diariamente, com atual média móvel de mortes ajustada em 29 vítimas por dia.
Conforme boletim epidemiológico divulgado ontem, mais de 269,5 mil pessoas tiveram covid em algum momento ao longo da pandemia, das quais 6.310 foram a óbito.